Alexandre Fonseca substitui Cláudia Goya. Vai ser o novo presidente da PT/Meo

Cláudia Goya foi demitida da liderança da PT/Meo, e o sucessor é um homem da casa. Alexandre Fonseca, atual Chief Technology Officer, será o novo presidente executivo.

Cláudia Goya foi demitida da liderança da PT/Meo, e a empresa já escolheu um substituto. O novo presidente executivo da companhia será Alexandre Fonseca que, até aqui, ocupa o cargo de administrador com o pelouro tecnológico da operadora, apurou o ECO junto de fontes do mercado. Alexandre Fonseca é conhecido pela postura irreverente, ligação ao mundo tecnológico e é ainda um homem de confiança de Armando Pereira, um dos acionistas e fundadores da Altice e o sócio de Patrick Drahi.

Depois da notícia do ECO sobre a saída de Cláudia Goya da liderança, a Altice fez um comunicado em que desmente “a saída da empresa”, mas não da presidência. O ECO já confirmou junto de várias fontes que a decisão dos acionistas foi comunicada a Goya na sexta-feira, em Paris, e que a escolha do sucessor recaiu no gestor que hoje tem nas mãos um dos dossiês mais relevantes do grupo, e com responsabilidades internacionais, a unidade de investigação e desenvolvimento, a Altice Labs. Oficialmente, ninguém na PT confirma a nomeação, mas o ECO sabe que o gestor já reuniu esta segunda-feira investido nas novas funções.

O gestor tem 43 anos e é licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, além de uma pós graduação em Gestão de Vendas e Marketing pelo Team View Institute, em Lisboa. Como CTO da Altice em Portugal, é responsável pela Engenharia e Operações da Rede, TI, Infraestruturas, Operações B2B e CiberSegurança.

Alexandre Fonseca fez carreira nos setores da tecnologia e telecomunicações. Não é a primeira vez que encabeçará uma empresa de telecom: já o tinha feito em 2013, liderando a Oni Telecomunicações em Portugal e também em Moçambique. Antes, foi CTO da ONI e membro da administração a Cabovisão.

A mudança surge numa altura crítica para o grupo internacional. Os fracos resultados do terceiro trimestre levantaram dúvidas quanto à capacidade da Altice de pagar os 50 mil milhões de euros de dívida que acumula, facto que acabou por ditar a saída de Michel Combes da presidência do grupo internacional. E um regresso ao modelo original da companhia, ainda antes de comprar a PT e entrar no mercado americano.

Em Portugal, os resultados do terceiro trimestre, já com Cláudia Goya como presidente executiva, também não foram positivos, e interromperam um caminho de recuperação que tinha sido atingido por Paulo Neves, entretanto promovido a chairman em Portugal com o pelouro do negócio de compra da Media Capital, operação no valor de 440 milhões de euros e que está em avaliação pela Autoridade da Concorrência.

A Altice/PT registou em Portugal receitas de 566,2 milhões de euros no período entre julho e setembro. Tratou-se de uma queda de 3,1% em relação ao mesmo período de 2016. O EBITDA ajustado cifrou-se em 265 milhões de euros, menos 1,2% em termos homólogos, enquanto o investimento operacional aumentou para 107,1 milhões de euros, um aumento de 7,2%.

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