Economia da zona euro termina ano com maior crescimento desde 2011

No último mês de 2016, a economia do euro registou a expansão mais acelerada em cinco anos, deixando região numa situação confortável à entrada para um ano que será preenchido por incerteza política.

A economia da zona euro terminou 2016 numa forma que nunca tinha observado nos últimos cinco anos e meio, colocando-se em posição relativamente confortável à entrada para um novo ano em que se avizinha maior incerteza política em face das eleições na Alemanha e França, perante o crescimento de movimentos populares de extrema-direita.

O índice de compra de gestores (PMI, na sigla em inglês) subiu em dezembro para 54,4 face ao registo de 53,9 alcançado no mês anterior, revelou esta quarta-feira a IHS Markit. Foi a leitura mais elevada em 67 meses, superando aquilo que era esperado pelos economistas.

Tanto o setor manufatureiro com o setor dos serviços expandiram-se no último mês do ano passado devido à desvalorização do euro, explicou Markit num comunicado citado pela Bloomberg. As quatro principais economias do bloco da moeda única estiveram em bom plano, com Espanha a liderar o crescimento, seguida de muito perto pela Alemanha.

“Os dados finais do PMI sinalizam um final de 2016 mais robusto do que os número preliminares diziam, embora seja bastante incerto saber se vão proporcionar um impulso na retoma económica da Zona Euro em 2017”, referiu Chris Williamson, economista chefe da Markit. “Vai depender muito dos acontecimentos políticos ao longo do próximo ano”, acrescentou.

Estes sinais positivos acerca da economia da moeda única surgem depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter os estímulos até final do ano. O programa de compra de dívida do setor público mantém-se até dezembro, com a autoridade a reduzir o ritmo de compra dos atuais 80 mil milhões mensais para os 60 mil milhões por mês a partir de abril.

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