Jerónimo Martins coloca Lisboa em máximos de quatro meses

Ânimos voltam a serenar em Lisboa depois de agravamento do risco de Portugal ter provocado perdas à bolsa na sessão desta terça-feira. Jerónimo Martins coloca PSI-20 em máximos desde setembro.

Depois do castigo que a subida acentuada dos juros da dívida infligiu à bolsa portuguesa, os ânimos no mercado português voltam a serenar esta quarta-feira. No arranque da sessão, a taxa das obrigações a dez anos alivia ligeiramente, depois de ter negociado ontem perto dos 4%. E o principal índice português avança para máximos desde setembro, com a maioria das cotadas nacionais em sinal mais.

O PSI-20 abriu a ganhar 0,42% para 4.745,49 pontos, o nível mais elevado dos últimos quatro meses, num início de sessão impulsionado pela Jerónimo Martins, cujos títulos somavam 0,71% para 14,98 euros. Eram 13 as cotadas portuguesas que davam força à bolsa de Lisboa.

Os analistas do BPI destacam vários títulos na praça portuguesa que podem beneficiar com a depreciação do euro. Além das papeleiras, cujo negócio do papel é sobretudo realizado por intermédio do dólar (cada vez mais forte), a equipa de research do banco dá destaque à Pharol, que tem a participação na Oi como seu principal ativo. As ações da empresa portuguesa sobem esta quarta-feira 1,4% para 22 cêntimos.

“Ontem mencionámos a fraqueza do euro para explicar o bom desempenho da Altri e da Navigator no início deste ano. Uma outra ação que tem beneficiado da fraqueza da divisa europeia é a Pharol“, dizem os analistas do BPI no Diário de Bolsa. “Desde meados de dezembro, o euro desvalorizou-se cerca de 6% face ao real brasileiro. Esta valorização do real aumenta o valor da participação que a Pharol detém na Oi e que constitui o principal ativo da empresa. Uma outra ação que poderá destacar-se é a REN, que mereceu a melhoria do preço-alvo por parte da CaixaBI”, explicaram os analistas.

Apesar da subida da avaliação, a gestora da rede elétrica nacional via os seus títulos cederem 0,15% para 2,7 euros.

"Ontem mencionámos a fraqueza do euro para explicar o bom desempenho da Altri e da Navigator no início deste ano. Uma outra ação que tem beneficiado da fraqueza da divisa europeia é a Pharol. Desde meados de dezembro, o euro desvalorizou-se cerca de 6% face ao real brasileiro. Esta valorização do real aumenta o valor da participação que a Pharol detém na Oi e que constitui o principal ativo da empresa. Uma outra ação que poderá destacar-se é a REN, que mereceu a melhoria do preço-alvo por parte da Caixa BI.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

Com os juros da dívida portuguesa em queda esta manhã, o setor financeiro registava uma tendência mista: o BCP soma 0,48% para 1,08 euros, enquanto o BPI perde 0,18% para 1,13 euros.

No panorama europeu, com o Stoxx 600 a manter o seu “bull market” com um avanço de 0,06% esta manhã, os restantes principais índices também negoceiam em alta. Madrid, Paris e Frankfurt seguiam com ganhos da mesma ordem de grandeza da praça portuguesa e o FTSE Mib de Milão destacava-se em alta de 0,75%.

(notícia atualizada às 8h24)

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