Papeleiras resgatam bolsa da pior sessão em dois meses

Altri e Navigator continuam a motivar interesse dos investidores e sustentam Lisboa acima da linha de água no arranque da sessão. Isto depois do pior dia desde o início do março na bolsa nacional.

A bolsa portuguesa registou esta quarta-feira a pior sessão em mais de dois meses, mas abre o dia de hoje em franca recuperação à boleia das papeleiras. Altri e Navigator continuam num bom momento. Lá por fora, Milão continua a recuperar depois de o presidente italiano ter mandatado Conte para forma governo.

O PSI-20, o principal índice português, soma ligeiros 0,08% para 5.704,67 pontos. Apenas cinco cotadas pressionam a praça nacional neste arranque de sessão positivo graças ao bom desempenho do setor do papel: a Altri ganha 0,77% e a Navigator avança 0,2%, beneficiando do dólar e do preço da pasta de papel.

Entre os pesos pesados, destaque ainda para as ações da Galp e do BCP, que se apresentam em alta de 0,27% e 0,11%, respetivamente, contribuindo para os ganhos em Lisboa. No caso da petrolífera, os títulos recuperam após uma queda de 2,7% (a pior sessão em mais de ano e meio) na sessão anterior. Cotam agora nos 16,755 euros.

Do lado negativo, os CTT perdem 0,14% para 2,91 euros. A Anacom revelou esta quarta-feira que o tráfego postal desceu 5,17% em 2017, fundamentalmente devido à “substituição da utilização das comunicações postais por comunicações eletrónicas”. O operador liderado por Francisco Lacerda detinha uma quota de 92,2%.

No plano europeu, o FTSE Mib de Milão avança 0,2% numa altura em que o impasse político em relação ao novo governo parece estar perto do fim, depois de o Presidente de Itália, Sergio Mattarella, ter encarregado Giuseppe Conte de formar Executivo, como propuseram os líderes da Liga (nacionalista) e do Movimento 5 Estrelas (antissistema). Mas início do dia está longe de ser positivo para todas as principais praças do Velho Continente: por exemplo, o alemão DAX 30 cede 0,23%.

“Após algumas semanas de valorizações, os investidores europeus terão que enfrentar alguns obstáculos que a atual conjuntura propõe: a intensificação das tensões entre os EUA e a China, a situação política em Itália e a deterioração das condições de alguns países emergentes”, notam os analistas do BPI.

No mercado cambial, destaque para a lira turca, que ontem registou um perda histórica de 17% face ao dólar, com os rumores de que o banco central do país não iria promover qualquer ação para proteger a sua moeda. “Geralmente, a desvalorização das moedas locais pressiona os respetivos Bancos Centrais a aumentarem as taxas de juro de forma a defenderem essas moedas. O aumento das taxas de juro inibe o crescimento económico”, lembra a equipa de research do BPI.

(Notícia atualizada às 8h26)

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