Dia misto em Wall Street com dúvidas sobre guerra comercial

O índice Dow Jones foi o único a marcar pontos, depois de um conselheiro de Trump ter dito que a nova política comercial dos EUA não deverá provocar uma guerra comercial com outros países.

Para o conselheiro da Casa Branca Peter Navarro, são baixas as possibilidades de as tarifas alfandegárias introduzidas nos EUA provocarem uma guerra comercial com o resto do mundo. Navarro não vislumbra retaliações dos parceiros comerciais dos norte-americanos face ao protecionismo anunciado por Trump. Mas estas palavras não descansaram totalmente os investidores em Wall Street.

O índice industrial Dow Jones até ganhou 0,47% para 24.873,66 pontos. Já o S&P 500 e o tecnológico Nasdaq registaram perdas de 0,08% e 0,2%, respetivamente.

Trump anunciou mais impostos sobre as importações de aço e alumínio para proteger a indústria do país. Como resposta a este protecionismo americano, a União Europeia prometeu criar taxas sobre alguns dos produtos produzidos nos EUA e que chegam o mercado comum europeu.

Ainda assim, Peter Navarro, conselheiro económico da Casa Branca, disse ao canal CNBC que não acredita em retaliações dos outros países face à política comercial norte-americana.

“Foi muito desestabilizador para os mercados o facto de saber que a Casa Branca estava a par do risco de retaliação apesar desta retórica”, referiu Peter Kenny, analista da Global Markets Advisory Group, citado pela Reuters. Após as descidas, os “preços das ações tornaram-se modestamente mais atrativas nos últimos dias”, referiu.

Para a semana, a comissária europeia do Comércio e o seu homólogo norte-americano vão reunir-se para discutir as tarifas, avançou fonte da Comissão Europeia à AFP. Cecilia Malmström e Wilbur Ross conversaram esta quinta-feira ao telefone sobre as tarifas e decidiram reunir-se “na próxima semana” para discutir o assunto, explicou a fonte, sem dar detalhes sobre a data ou o local do encontro. “A comissária reafirmou que a União Europeia, enquanto aliada próxima dos Estados Unidos em matéria de defesa, espera ser totalmente excluída destas medidas”, precisou a fonte.

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