Remuneração de CEO da Jerónimo Martins aumenta 60%. Recebeu 2 milhões

O presidente da Jerónimo Martins ganhou, no ano passado, mais de dois milhões de euros, entre o salário e remunerações variáveis.

Pedro Soares dos Santos, presidente executivo da Jerónimo Martins.Paula Nunes / ECO

Pedro Soares dos Santos, presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins, auferiu, no ano passado, mais de dois milhões de euros, entre o salário e remunerações variáveis. O valor representa um aumento de quase 60% em relação ao que tinha recebido em 2016, uma evolução que a comissão de vencimentos justifica com a “obtenção de resultados de excelência”. A nível global, o salário médio dos trabalhadores da dona do Pingo Doce aumentaram em 5,4%.

Segundo a informação que consta do relatório e contas da Jerónimo Martins, o líder da retalhista recebeu uma remuneração fixa de 220,5 mil euros e uma remuneração variável de 378 mil euros. Para além disso, recebeu 299,25 mil euros para o plano de reforma.

Estes foram os valores que recebeu pelo seu desempenho enquanto presidente executivo da Jerónimo Martins. A este valor, soma-se ainda uma componente fixa de 409,5 mil euros e uma variável de 702 mil euros pagas por sociedades em relação de domínio com a Jerónimo Martins, em que Pedro Soares dos Santos exerceu “funções em órgão de administração”.

Feitas as contas, Soares dos Santos ganhou 2.009.250 euros no ano passado.

Os custos com os trabalhadores da Jerónimo Martins, entre salários, segurança social e benefícios, também aumentaram no ano passado, mas a um ritmo muito inferior. A empresa totalizou custos com pessoal no valor de 1,3 mil milhões de euros, um aumento de 13% em relação a 2016.

Mas os custos aumentaram, sobretudo, porque o número de trabalhadores também subiu, e não por substanciais aumentos salariais. Em média, cada trabalhador da Jerónimo Martins ganhou cerca de 13.200 euros anuais no ano passado, o que representa mais 5,4% do que em 2016.

Isto significa também que Pedro Soares dos Santos ganhou mais 151 vezes do que o salário médio que oferece aos seus trabalhadores. Já em 2016 o presidente da Jerónimo Martins era, entre os líderes das empresas do PSI-20, aquele que apresentava maior discrepância entre o seu salário e o salário médio da empresa.

Em comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a comissão de vencimentos da Jerónimo Martins refere que “considerou adequado rever os princípios básicos da política de remunerações dos órgãos sociais da sociedade”. E destaca a “importância de premiar o compromisso com a estratégia global do grupo, a obtenção de resultados de excelência e a demonstração da atitude e comportamentos adequados”.

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