Petróleo dispara com sinais de maior consumo nos EUA

Inventários de petróleo estão em queda no maior consumidor mundial de energia e isso está a impulsionar os preços do barril nos mercados internacionais.

Uma queda surpreendente nos inventários de petróleo nos EUA está a dar força aos preços do barril de petróleo na sessão deste quinta-feira, sugerindo que o excesso global de ouro negro pode ter os dias contados após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter decidido cortar a produção este ano.

O brent, referência para as importações nacionais, avança 1,65% para 56,76 dólares por barril. Também o barril de crude, negociado em Nova Iorque, valoriza 1,57% para 54,43 dólares.

Dados revelados esta quarta-feira indicaram que os inventários de petróleo nos EUA caíram em 884 mil barris na semana que terminou a 17 de fevereiro para os 512,7 milhões de barris, uma evolução que surpreendeu as projeções dos analistas, que esperavam um crescimento de 3,5 milhões de barris. Os stocks de gasolina e combustível destilado também caíram, revelou o American Petroleum Institute, indicando maior consumo por parte do maior consumidor mundial de energia.

Para Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates, os preços do petróleo poderão continuar a subir se a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) também reportar uma queda nos inventários quando publicar os seus dados esta quinta-feira. “Se os dados da EIA confirmarem uma queda nos stocks, podemos ver o mercado subir mais”, referiu o analista.

Dia de ganhos no brent

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

Já Tony Nunan, gestor da Mitsubishi, referiu que os mercados precisam de ver se os inventários em todo o mundo também estão a cair para perceber o impacto da decisão da OPEP de baixar a produção para sustentar os preços do barril.

"É uma batalha entre quão rápido a OPEP pode cortar sem que o petróleo de xisto recupere os níveis de produção. O que a OPEP tem realmente de fazer é fazer com que os inventários recuem.”

Tony Nunan

Analista da Mitsubishi Corp

“É uma batalha entre quão rápido a OPEP pode cortar sem que o petróleo de xisto recupere os níveis de produção”, frisou Nunan. “O que a OPEP tem realmente de fazer é fazer com que os inventários recuem”.

A OPEP e outros produtores incluindo a Rússia têm como objetivo reduzir a produção em cerca de 1,8 milhões de barris por dia, numa tentativa de secar o excesso de oferta no mercado que tem mantido os preços do ouro negro em baixa.

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