Lisboa em queda antes da reunião do BCE

A bolsa nacional abriu em queda, revertendo a tendência das três últimas sessões. Os investidores aguardam pela reunião do banco central, que poderá fechar a torneira.

A bolsa nacional abriu em queda, invertendo a tendência das últimas três sessões, com a maioria das cotadas no vermelho. Na base deste desempenho estão as reações dos mercados às alterações apresentadas pela Fed, que decidiu acelerar a subida das taxas de juro, e a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE), na reunião desta quinta-feira, anuncie o final de programa de quantitative easing.

O PSI-20 abriu a perder 0,60% para 5.649,16 pontos, com apenas duas cotadas em terreno positivo. Na Europa o cenário é semelhante, com a maioria das praças a cotarem no vermelho. O Stoxx 600 cai 0,53% para 386,20 pontos, o espanhol Ibex-35 desliza 0,26% para 9.873,7 pontos, e o francês CAC-40 recua 0,45% para 5.427,84 pontos.

De entre as 18 cotadas nacionais, o BCP desliza 0,80% para 0,2718 euros, assim como as cotadas do setor energético: a EDP cai 0,59% para 3,37 euros, a EDP Renováveis perde 0,31% para 8,15 euros. Por sua vez, a REN desvaloriza 0,68% para 2,35 euros e a Galp Energia recua 1,05% para 16 euros.

A maior queda desta sessão cabe à Mota Engil, que afunda 4% para 3,12 euros. Destaque ainda para as papeleiras, com a Altri a recuar 2,04% para 8,65 euros e a Navigator a perder 2,17% para 5,86 euros. Os CTT acompanham o desempenho e deslizam 2,21% para 2,84 euros.

No lado das somas, ainda que o PSI-20 tenha aberto com duas cotadas no verde, a Sonae Capital é a única que se mantém neste cenário: sobe 0,65% para 0,94 euros. A empresa anunciou que a sua subsidiária Sonae IM vai receber esta sexta-feira 57,8 milhões de euros, pela distribuição de capital pelo Fundo FCR Armilar Venture Partners II.

A contribuir para este desempenho dos mercados europeus está a decisão da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), com Jerome Powell a colocar o preço do dinheiro na maior economia do mundo nos 2%. Esta foi a segunda subida da taxa diretora este ano, depois da realizada em março, suportada na expansão da economia norte-americana. Com este novo aumento, de 25 pontos, os juros passaram para o intervalo de 1,75% a 2%, mas vêm aí novas subidas.

Para além disso, os investidores aguardam pela reunião do BCE, que será realizada em Riga, na Letónia. O economista-chefe do banco central, Peter Praet, revelou que a instituição estava preparada para discutir o fim do chamado quantitative easing. Apesar de várias teorias, uma coisa parece certa entre os analistas: os estímulos não deverão ir além deste ano. E depois virão as subidas dos juros.

(Notícia atualizada às 8h31 com novas cotações)

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