Bolsa com maior ciclo de ganhos em mais de um ano

O avanço dos títulos do BCP ajudou o PSI-20 a somar a oitava sessão consecutiva de ganhos. Trata-se do mais longo ciclo de ganhos do índice desde o final de julho do ano passado.

Mais um dia, mais uma sessão de ganhos. A praça lisboeta encerrou em alta ligeira, registo que prolonga para oito o número de sessões consecutivas em que o PSI-20 fecha no verde. Trata-se do maior ciclo de subidas para o índice de referência em mais de um ano, que vê o seu desempenho ser apoiado na valorização dos títulos do BCP.

O PSI-20 encerrou com uma valorização de 0,37%, para os 5.302,89 pontos, com dez títulos positivos, sete negativos, e um inalterado: a Jerónimo Martins que fechou nos 16,57 euros por ação. Desde julho de 2016 que o índice bolsista nacional não registava um ciclo de ganhos tão extenso, o que não será alheio à retirada do rating da dívida portuguesa do “lixo” pela Standard & Poor’s. Na dívida, o dia volta a ser marcado novamente pelo alívio das yields da dívida soberana nacional.

Cabe ao BCP grande parte da responsabilidade pelo desempenho positivo do índice na última sessão. As ações do banco liderado por Nuno Amado somaram a segunda sessão consecutiva de subidas, ao valorizarem 2,52%, para nos 23,22 cêntimos. De salientar que o setor financeiro é um dos que mais beneficia de uma melhoria do rating português.

Também a Sonae e a Mota-Engil contribuíram para o fecho positivo da praça lisboeta. As ações da retalhista valorizaram 1,6%, para os 1,015 euros, enquanto das da construtora somaram 1,33%, para os 2,96 euros. Há 15 sessões, que a Mota-Engil só conhece ganhos em bolsa, com as suas ações a terminarem em máximos de maio de 2015. De salientar que a construção é um dos setores que mais beneficia da recuperação económica em Portugal, que tem sido reforçada pelos dados sobre o crescimento do PIB.

No mesmos sentido fechou a EDP Renováveis, com as suas ações a avançarem 0,35%, para os 7,119 euros.

A travar ganhos mais acentuados para o índice PSI-20 estiveram os restantes títulos do setor da energia. As ações da Galp Energia desvalorizaram 0,49%, para os 14,31 euros, no dia em que desconta o dividendo intercalar de 25 cêntimos. Sem esse efeito, a petrolífera veria as suas ações terminarem o dia a somar 1,25%.

Nota negativa também para a EDP. As ações da empresa liderada por António Mexia recuaram 0,64%, para os 3,27 euros, somado a segunda sessão de perdas. O recuo das ações acontece após notícias que dão conta que a China Three Gorges — a maior acionista da EDP — não está interessada em dar o seu aval para uma eventual fusão entre a EDP e a espanhola Gas Natural.

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