5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O INE vai esta sexta-feira notificar Bruxelas do défice orçamental português de 2016. Holofotes estarão virados para o BCP e há mais dados económicos importantes que vão ser revelados.

É um dia fulcral para a economia portuguesa. Esta sexta-feira, o INE irá emitir uma primeira notificação a Bruxelas do défice orçamental de 2016 e que irá indicar se Portugal sai ou não do Procedimento por Défices Excessivos (PDE). Os investidores estarão atentos também ao BCP (renovará máximos?) e ao evoluir do preço do petróleo.

Portugal sai ou não sai do PDE?

Esta quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) notificará o Eurostat do valor do défice orçamental de 2016. Bruxelas quer um défice à volta de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto as estimativas do Governo apontam para 2,1%. Esta primeira notificação do INE, que poderá sofrer alterações a posteriori, será essencial para perceber quão posicionado está o país para deixar o PDE, que obriga Portugal a apresentar um défice inferior a 3%.

Vai o BCP renovar novos máximos?

Na sessão desta quinta-feira, os títulos do Banco Comercial Português (BCP) encerraram em máximos desde o aumento de capital concluído em fevereiro. As ações do banco dispararam quase 5%, depois de o CaixaBI ter retomado a cobertura do título, ao qual atribui um potencial de valorização de 50% até ao preço alvo de 0,25 euros. Na sessão desta sexta-feira, os holofotes estarão voltados para os títulos da instituição, que poderão renovar novos máximos.

Petróleo em mínimos. É para continuar?

Numa semana em que o preço do petróleo afundou para mínimos e em que se soube que as reservas norte-americanas estão bem cheias, a divulgação do relatório semanal da Baker Hughes sobre o número de poços em exploração nos EUA deverá permitir perceber se a queda é para manter. Os Estados Unidos estão a produzir a ritmo elevado, é certo, e alguns analistas temem que isso ofusque o corte de produção acordado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no ano passado. A desvalorização fez-se sentir nas bolsas — que o digam as petrolíferas.

Como está a economia na Zona Euro?

A Markit divulgará esta sexta-feira o índice dos gestores de compras para a Zona Euro, um indicador que permite medir o pulso à economia e respetiva solidez. Estima-se que o índice compósito se tenha fixado nos 55,8 em março. No campo dos serviços e da manufatura, ter-se-á fixado nos 55,3.

EUA: Novas pistas sobre os estímulos?

Depois de, em março, a Fed ter subido os juros de referência pela segunda vez desde dezembro do ano passado, para o intervalo entre 0,75 e 1%, o mercado ficou ainda mais certo de que mais duas subidas poderão acontecer ainda este ano. James Bullard, o presidente da Reserva Federal de St. Louis, estará no Economic Club of Menphis e poderá dar pistas importantes relativamente à política monetária da maior economia do mundo, nomeadamente sobre eventuais alterações ao ritmo de subida do preço do dinheiro. Isto acontece numa altura em que a Administração Trump ainda não tomou uma posição clara relativamente aos estímulos económicos prometidos durante a campanha eleitoral.

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