Economia da Zona Euro com arranque forte em 2017

Aumento da procura puxa pela inflação subjacente no bloco da moeda única, ajudando economia a iniciar o ano em bom momento. Isto apesar do abrandamento alemão.

Apesar da entrada com o pé esquerda da economia alemã em 2017, o crescimento económico da zona euro permaneceu robusto, numa altura em que a inflação começa a ganhar maior forma, indicam os dados da Markit revelados esta terça-feira.

O índice de gestores de compras (PMI, purchase managers’ index) registou uma leitura de 54,3 em janeiro, face aos 54,5 observados em dezembro do ano passado, disse a Markit, frisando que o bom momento da economia continuou sólido este mês. Os analistas sondados pela Bloomberg apontavam para uma subida ligeira do indicador, para 54,5.

“Talvez o desenvolvimento mais encorajador tenha a ver com a melhoria na contração, com janeiro a revelar o maior crescimento no emprego em nove anos, perante a subida da confiança”, referiu Chris Williammson, economista da IHS Markit, a entidade responsável pela divulgação deste indicador que funciona como um proxy da atividade económica. “A recente melhoria na procura está a ajudar a restaurar a subida dos preços entre os fornecedores, deixando pistas sobre uma retoma da inflação core”, acrescentou o responsável.

"Talvez o desenvolvimento mais encorajador tenha a ver com a melhoria na contração, com janeiro a revelar o maior crescimento no emprego em nove anos, perante a subida da confiança. A recente melhoria na procura está a ajudar a restaurar a subida dos preços entre os fornecedores, deixando pistas sobre uma retoma da inflação core.”

Chris Williammson

Economista da IHS Markit

O facto de os preços na Zona Euro continuarem a mostrar poucos sinais de subida é fonte de preocupação para o Banco Central Europeu (BCE), que manteve até final do ano o plano de compra de dívida pública como forma de tentar colocar alguma pressão na inflação.

O indicador das compras dos gestores no setor manufatureiro subiu para 55,1 em janeiro, face aos 54,9 em dezembro, o nível mais elevado em quase seis anos. Enquanto isso, o índice de compras nos serviços desceu dos 53,7 para os 53,6.

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