BCP acelera 3% na bolsa após duplicar lucros

Semana intensa para o banco: na segunda anunciou a compra do negócio do Société Générale na Polónia, dia em que os acionistas abriram porta ao dividendo. Ontem apresentaram lucros acima do esperado.

As ações do BCP continuam em alta na bolsa de Lisboa, somando esta sexta-feira mais 3%, depois de o banco ter apresentado ontem os resultados. Que foram bastante positivos: quase duplicaram nos primeiros nove meses do ano, para 257,5 milhões de euros, ficando acima do esperado pelos analistas.

Os títulos estão a subir 2,99% para 2,544 euros. Têm sido uma das estrelas da bolsa nas últimas duas semanas: acumulam uma valorização superior a 17%, num período particularmente ativo para o banco.

Na segunda-feira, logo de manhã, o banco liderado por Miguel Maya anunciou ao mercado a aquisição do negócio do Société Générale na Polónia por parte do Millenium Bank, que vai ajudar a alavancar os resultados do BCP. No mesmo dia, mas à tarde, os acionistas deram luz verde a duas propostas da administração que abrem a porta aos dividendos e aos bónus para os trabalhadores, naquilo a que o presidente chama de “regresso à normalização da vida” do banco.

Esta quinta-feira, o BCP voltou a dar boas notícias aos investidores, ao reportar um lucro de 257,5 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 90% face ao mesmo período do ano passado. Superou as estimativas dos analistas do BPI, que esperavam um lucro a rondar os 244 milhões de euros.

“O BCP foi a empresa estrela na apresentação dos seus resultados, conseguindo superar todas as expectativas, o que com uma melhoria do sentimento de mercado e a possibilidade de pagar dividendos, pode ajudar a uma reação positiva na sua cotação”, explica Carla Maia Santos, da XTB Portugal.

BCP em alta

Graças ao desempenho do BCP a bolsa portuguesa seguia acima da linha de água na sessão desta sexta-feira, com o PSI-20 a valorizar ligeiros 0,08% para 5.028,75 pontos. Outras duas cotadas seguiam também em destaque: a Pharol ganha 1,81% depois de ter anunciado que vai pedir uma indemnização de dois mil milhões de euros à Oi.

Do lado negativo, a EDP cai mais de 2% para 3,105 euros. A elétrica liderada por António Mexia revelou ontem um afundanço de 75% dos lucros nos primeiros nove meses do ano, para 297 milhões de euros.

A penalizar as contas da elétrica esteve, sobretudo, a provisão de 285 milhões de euros que a empresa constituiu para fazer face à revisão dos custos de manutenção do equilíbrio contratual (os chamados CMEC), que foi feita pelo Governo no final de agosto deste ano e que já levou a EDP a rever em baixa as estimativas de resultados para 2018.

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