Confiança da Fed não chega. Petróleo em “bear market” penaliza Wall Street

Os preços do petróleo estão a ser pressionados pelo aumento da oferta e já acumulam uma desvalorização superior a 20% desde o último máximo, atingido em outubro.

A Reserva Federal vê uma economia a crescer a “ritmo forte” e está preparada para aumentar os juros de forma gradual, mas a confiança do banco central não chegou para animar os mercados acionistas. As bolsas norte-americanas encerraram a sessão desta quinta-feira em queda, depois de o petróleo negociado em Nova Iorque ter entrado no chamado “bear market.

O índice de referência S&P 500 desvalorizou 0,25%, para os 2.806,84 pontos. Já o tecnológico Nasdaq recuou 0,53%, para os 7.530,88 pontos, enquanto o Dow Jones contrariou a tendência e manteve-se acima da linha de água, ao valorizar 0,04%, para os 26.191,42 pontos.

A penalizar os mercados esteve o setor energético, numa altura em que o preço do petróleo regista quebras expressivas. O barril de West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvalorizou perto de 1,8%, para a casa dos 60 dólares, e entrou em bear market, já que acumula uma desvalorização superior a 20% desde o último preço máximo, registado a 3 de outubro. Isto depois de ter sido avançado que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) terão aumentado a produção, agravando o desequilíbrio entre a procura e a oferta.

Este desempenho dos preços do petróleo levou o índice que reúne as maiores empresas do setor energético a desvalorizar mais de 2% nesta sessão, penalizando, por sua vez, as principais bolsas.

Os mercados seguiram, assim, indiferentes aos sinais positivos transmitidos esta quinta-feira pela Fed. A instituição liderada por Jerome Powell decidiu manter inalterada a taxa dos fundos federais, entre 2% e 2,25%, mas reforçou que as taxas de juro deverão aumentar de forma gradual, num ritmo que seja “consistente com a expansão sustentada da atividade económica”.

Para o banco central, “a atividade económica tem vindo a crescer a um ritmo forte”, ao mesmo tempo que o emprego regista uma evolução positiva. A Fed nota ainda que o desemprego caiu e os riscos parecem estar “mais ou menos equilibrados”.

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