“A cidade de Coimbra, se não acelera o passo, fica para trás”. Empresários querem melhores condições para atrair investimento

Num debate sobre o desenvolvimento económico de Coimbra, as sinergias entre empresários e universidades estiveram em destaque. Também a capacidade de atrair investimento será determinante.

Como aproveitar o potencial de Coimbra? Para os empresários e autoridades locais da cidade, é essencial melhorar as condições de vida, como escolas e instalações de saúde e cultura, para atrair investidores e trabalhadores, e também desenvolver uma rede de empresários com sinergias com as universidades.

“A cidade de Coimbra, se não acelera o passo, fica para trás”, diz Paulo Rebelo, CEO e acionista do Grupo Bluepharma, em Coimbra, na quinta edição do Fórum Desafios e Oportunidades, uma iniciativa do Eurobic.

Para o CEO, a cidade “tem tudo para dar certo, mas tem de acompanhar e andar muito depressa”. Para isso, reitera que os empresários têm de trabalhar em rede, e que a universidade tem de se abrir às empresas. “Isto hoje gere-se ao minuto, e Coimbra tem de ser gerida como uma empresa”, acrescenta Paulo Rebelo.

Paulo Rebelo, CEO e acionista do grupo BluepharmaPaula Nunes/ECO

No debate, que teve como tema o desenvolvimento económico e futuro da região, foi transmitida a ideia de que a ligação entre a universidade e o mundo empresarial é muito importante. Para Pedro Costa, presidente do ISCAC, Coimbra Business School, envolver pessoas ligadas ao mundo empresarial nas atividades da universidade cria nos alunos “uma visão abrangente, mais lata e holística”.

José Couto, administrador e acionista da Microplásticos e presidente do Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC), presente no painel, reforça que é fundamental “criar condições para que as pessoas se possam instalar”. Exemplifica que para ir buscar um engenheiro, tem de pagar um prémio para ele se mudar para a cidade, e que é preciso “saber vender melhor esta região”. “A cidade de Coimbra pode ajudar a estimular e empurrar o contexto empresarial, existe aqui um potencial”, diz José Couto.

José Manuel Silva Couto, administrador da Microplásticos e presidente do Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC)Paula Nunes/ECO

Para Paulo Rebelo, em Coimbra existe mão-de-obra qualificada que sai das universidades, e para a manter, não basta atrair uma empresa, mas sim “cem ou duzentas”.

Relativamente às medidas de incentivo para os empresários, o vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Cidade, destaca que se estão a fazer progressos. Está previsto um investimento japonês na região Coimbra, que deverá criar mais de 300 postos de trabalho, em áreas tecnológicas avançadas e no setor da saúde.

“Durante o período da crise foram tomadas medidas relativas aos municípios e algumas ainda bem, fizeram pensar duma forma mais responsável em relação à gestão dos dinheiros públicos”, diz Carlos Cidade. “Foram criados mecanismos, para que as empresas e quem quer investir tenha a possibilidade de ter um conjunto de incentivos significativo, como as isenções relativamente aos impostos”, explica o vice-presidente.

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