Empresas reclamaram do aumento da derrama, mas investimento não travou

Inquérito da EY mostra que a grande maioria das empresas não alterou os seus planos de investimento para este ano e os próximos devido ao agravamento da derrama estadual.

As empresas não alteraram as suas decisões de investimento por causa do agravamento da derrama estadual. Esta é uma das conclusões do inquérito que a EY divulgou esta terça-feira, a um mês da apresentação do Orçamento do Estado (OE) para 2019, onde quase dois terços das empresas defendem uma descida da taxa nominal de IRC.

Segundo o documento, 87,8% das empresas não reequacionou uma decisão de investimento, este ano ou nos próximos, na sequência da taxa marginal de derrama estadual para lucros acima de 35 milhões de euros. Esta taxa agravou-se no último Orçamento de 7% para 9%, o que tem motivado queixas de algumas organizações representativas das empresas.

O caderno de encargos da CIP para o OE2019 prevê a eliminação da derrama estadual, começando por reverter o aumento introduzido no OE 2018.

O inquérito da EY mostra também que apenas 12,3% das empresas repensaram o seu plano de investimentos perante o agravamento da derrama.

A simplificação de obrigações declarativas em geral é o objetivo que o maior número de empresas quer ver contemplado no OE 2019. 73,7% das empresas apontou para este desejo.

Em segundo lugar as empresas apontam a descida da taxa nominal de IRC como objetivo para o último OE da legislatura: 63,2% das empresas olham para esta medida com interesse e gostavam de a ver no OE 2019. Esta medida está também incluída no caderno de encargos da CIP para o último OE.

O inquérito da EY foi feito entre 10 de julho e 14 de setembro. Os responsáveis pela área fiscal foram os que mais responderam ao inquérito (31,1%). As empresas da indústria transformadora e de serviços financeiras foram responsáveis por metade das respostas recebidas pela EY. Mais de 100 empresas responderam a este inquérito, mas a EY tratou apenas 61 respostas.

 

 

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