“Sanções à Coreia do Norte só vão desaparecer quando tivermos certeza que a ameaça nuclear já não existe”, diz Trump

O Presidente Trump garante que Coreia do Norte vai começar a destruir, muito em breve, o local de lançamento de mísseis, algo que foi acordado depois de assinado o documento conjunto.

O Presidente Donald Trump garante que as sanções económicas contra a Coreia do Norte se mantêm até que a ameaça nuclear tenha desaparecido por completo. Numa conferência de imprensa depois da cimeira histórica com o líder norte-coreano, que resultou na assinatura de uma declaração conjunta na qual há o compromisso de desnuclearização da Península da Coreia, Trump revelou ainda que Pyongyang vai começar a destruir, muito em breve, o local de lançamento de mísseis.

Após uma reunião que o Presidente norte-americano classifica de “direta, honesta e produtiva”, Trump não admite sequer a possibilidade de que o acordo não seja cumprido porque ambas as partes apenas têm a ganhar. A desnuclearização total ficou acordada e vai ser verificada, garantiu Donald Trump, tanto por equipas norte-americanas como internacionais. O Presidente norte-americano reconheceu que “cientificamente, este processo de desnuclearização vai demorar muito tempo, mas assim que se iniciar vai ser feito tão depressa quanto for possível”.

Todos podem fazer a guerra, mas apenas os mais corajosos podem fazer a paz”, disse Trump numa longa conferência de imprensa onde explicou os detalhes do acordo firmado com a Coreia do Norte. Nas respostas aos jornalistas, Trump revelou ainda que vai pôr fim aos exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e que pretende reduzir o número de militares mobilizados na região não só porque pretende cumprir essa promessa, mas também por razões orçamentais. “Quero trazer os nossos soldados para casa, reduzir o número de efetivos. Mas isso também não está no acordo”, explicou Trump.

Múltiplas vezes questionado sobre a fiabilidade do regime de Pyongyang em cumprir o acordado, Donald Trump frisou que “não há limite para o que a Coreia do norte pode alcançar” com este acordo. “O Presidente Kim tem perante si uma oportunidade única para ser recordado como alguém que abriu uma nova era de prosperidade e segurança”, sublinhou. Além disso, lembrou o Chefe de Estado norte-americano, esta é uma “Administração diferente” que “concretiza as coisas”. Numa crítica às anteriores Administrações, Trump disse: “Isto não é o passado, não é mais uma Administração que não conseguiu levar avante os seus desejos e nunca conseguiu nada”.

Da mesma forma também deu ferroada a Barack Obama por este ter pago, cerca de 400 milhões de dólares, pelo regresso de reféns do Irão. Trump garante que não vai pagar um único dólar neste acordo. Sublinhando mais uma vitória, Trump explicou que foi “discutida em detalhe” a questão dos restos mortais dos soldados que morreram ao longo destes 70 anos de guerra — cujo fim ainda não foi declarado — e que Kim acedeu neste ponto, “no último momento”.

“Sinto que ele [Kim Jong-un] quer mesmo levar a cabo este processo”, disse Trump e como sinal da boa vontade, o Chefe de Estado frisou que “nos últimos sete meses”, período durante o qual estava em preparação esta cimeira histórica, “não houve notícias de novos testes de mísseis balísticos”. “As pessoas pensavam que isto nunca ia acontecer, mas já está a acontecer”, concluiu.

(Notícia atualizada com mais informção)

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