Câmara de Tondela decreta três dias de luto pelas vítimas de incêndio

  • ECO e Lusa
  • 15 Janeiro 2018

O incêndio deflagrou numa altura em que se encontravam mais de 60 pessoas na associação, que nunca tinha sido alvo de uma vistoria.

A Câmara de Tondela decretou esta segunda-feira três dias de luto municipal, na sequência do incêndio ocorrido no sábado à noite na Associação Cultural, Recreativa e Humanitária de Vila Nova da Rainha, que provocou oito mortos e 38 feridos.

“A tragédia ocorrida nesta associação deixou o concelho de Tondela mergulhado num novo sentimento de dor e consternação”, refere a autarquia, numa alusão também aos incêndios florestais de há três meses, que percorreram quase 180 quilómetros quadrados do concelho, provocando três vítimas mortais (duas diretas e uma indireta) e muita destruição.

A tragédia ocorrida nesta associação deixou o concelho de Tondela mergulhado num novo sentimento de dor e consternação.

Câmara Municipal de Tondela

A autarquia aproveita para agradecer “a grande disponibilização de meios operacionais de todas as corporações de bombeiros, INEM, GNR e Proteção Civil, bem como toda a solidariedade manifestada por autarcas, Governo e Presidente da República”.

O incêndio deflagrou numa altura em que se encontravam mais de 60 pessoas na associação, muitas das quais a participar num torneio de sueca.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que visitaram o local, expressaram solidariedade aos familiares das vítimas.

De acordo com o Público (acesso condicionado), e edifício tinha portas trancadas, materiais perigosos e nunca tinha sido alvo de uma vistoria. A Associação de Vila Nova da Rainha tem mais de 30 anos e foi construída aos poucos com o voluntarismo dos sócios. Agora que ardeu muitos habitantes antecipam o pior já que este era um importante polo de convívio.

Já o Correio da Manhã falou com Jorge Mendes, da Associação de Comandos dos Bombeiros que sublinhou a falta de segurança do local. “O local não tinha condições de segurança”, disse, dando como exemplos o facto de as portas abrirem para dentro, de não existir um sistema de desenfumagem, a falta de iluminação de emergência ou ainda a existência de bilhas de gás no interior. “Não há quem faça a fiscalização destes espaços. Esteve prevista uma equipa de inspetores que nunca avançou”, afirmou. Contudo, o Presidente da República disse ontem que a autarquia de Tondela lhe garantiu que a coletividade em causa “tinha os licenciamentos e o que era preciso para este tipo de atividade”.

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