Novo Banco chega a acordo com emigrantes lesados. Vão receber 75% dos investimentos

Os emigrantes que investiram em produtos do BES vão receber 75% do dinheiro aplicado, num prazo médio de três anos. Em contrapartida, desistem dos processos contra o Novo Banco.

A Associação Movimento Emigrantes Lesados (AMELP), que representa os emigrantes lesados do Banco Espírito Santo (BES), já chegou a acordo com o Novo Banco e com o Governo para recuperar parte do dinheiro investido no BES. Os emigrantes vão receber 75% do montante aplicado, num prazo médio de três anos. Em contrapartida, os lesados aceitam desistir das ações judiciais contra o Novo Banco.

“É com grande satisfação que vos informamos ter chegado a um entendimento com o Novo Banco e com o Governo para recuperação do nosso dinheiro”, anuncia a associação, na sua página de Facebook. A solução, idêntica à encontrada para os restantes aforradores lesados do BES, foi acordada depois de um encontro, que decorreu na terça-feira, entre os representantes da associação com o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do Novo Banco, António Ramalho.

Segundo explica a AMELP, aqueles que investiram nos produtos Euro Aforro 8, Poupança Plus 1, Poupança Plus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7 vão recuperar 75% do capital, em dinheiro, num prazo médio de três anos. “A solução tem pequenas variações que serão apresentadas nos próximos dias”, ressalva.

De fora da solução estão, para já, os produtos Euro Aforro 10 e EG Premium, mas “o Novo Banco e o Governo garantiram que também haverá solução” para estas aplicações.

Assim, entre 11 e 28 de agosto, os emigrantes lesados “serão chamados ao Novo Banco” para que estas propostas lhes sejam apresentadas. “A AMELP considera este chamamento das pessoas às agências honesto, verdadeiro e necessário. Quem não aceitar a solução entre os dias 11 e 28 de agosto, corre o risco de ficar de fora”, alerta a associação. Mesmo aqueles que investiram no Euro Aforro 10, que está para já de fora da solução, devem responder à chamada aos balcões, uma vez que “poderão receber, já em outubro, um primeiro depósito parcial (cerca de 15%), correspondente a valores que o Novo Banco encontrou disponíveis no veículo”.

Além disso, lembra a associação, estão a decorrer as reclamações de créditos junto da Comissão Liquidatária do BES. “Se os emigrantes vierem a ser considerados credores comuns do BES, podem ter direito a 31,7% do capital, a ser pago pelo Fundo de Resolução”. A associação refere que já iniciou discussões com o Governo para que estes 31,7% sejam pagos. “Para que esta hipótese seja viável, voltamos a alertar todos os associados que ainda não o fizeram a reclamarem os créditos no BES, pois o prazo de reclamação está em vias de expirar”, avisa.

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