Novo Banco espera concluir venda dos seguros vida até final do ano

Instituição liderada por António Ramalho confirmou que iniciou o processo de venda da GNB Vida como parte da estratégia de desinvestimento de ativos não estratégicos. Conclusão prevista para este ano.

O Novo Banco espera concluir a venda dos ativos da área dos seguros do ramo vida até final do ano, informou o banco em comunicado enviado ao mercado.

A Reuters já tinha avançado durante esta semana que a instituição liderada por António Ramalho tinha dado início ao processo de venda da GNB Vida, numa operação assessorada pela Deloitte. Agora, num documento partilhado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco indica que esta venda se insere “no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos, prosseguindo a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico”.

“O processo organizado de venda tem a expectativa de concretização de um acordo para venda da GNB Vida durante o último trimestre de 2017“, adianta a instituição.

A venda da GNB Vida acontece numa altura em que o Novo Banco está a levar a cabo uma oferta de aquisição de dívida sénior, em troca de dinheiro ou depósitos, com o objetivo de reforçar os seus rácios em 500 milhões de euros. Os cerca de 2,7 mil milhões de euros necessários para pagar aos investidores que aceitem a oferta serão financiados, em parte, através da venda de ativos, sabe o ECO.

A GNB Seguros Vida tem sob sua gestão ativos avaliados em mais de cinco mil milhões de euros, tendo terminado o ano de 2016 na nona posição no segmento do Ramo Vida, em Portugal, com uma quota de mercado de prémios de 2,3%, segundo o relatório e contas da seguradora. Este valor compara com uma quota de 5,4% que se verificava no final de 2015. Em termos de resultados, a seguradora terminou o ano passado com prejuízos de 85,5 milhões de euros, abaixo dos 98 milhões registados em 2015.

Em 2016, volume de negócios total da GNB Seguros Vida caiu 67%, para 153,1 milhões de euros, tendo a seguradora justificado essa queda com a redução da produção de seguros PPR, no montante de cerca de 21 milhões de euros, e com a diminuição da produção de seguros de capitalização no montante de 290 milhões.

No comunicado enviado à CMVM, o Novo Banco explica que, “no contexto da transação, será igualmente avaliado o contrato de distribuição de longo prazo, em exclusividade, de produtos de seguros da GNB Vida na rede comercial do banco”.

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