Portugal perdeu 223 mil residentes numa década

O aumento do número de nascimentos é insuficiente para compensar o envelhecimento e o número de mortes. Por outro lado, o saldo migratório continua negativo.

Portugal contava, no final do ano passado, com pouco mais do que 10,3 milhões de residentes. A tendência de quebra da população tem vindo a atenuar-se nos últimos três anos, mas, no espaço de uma década, o país perdeu mais de 223 mil pessoas, fruto de um aumento do número de nascimentos insuficiente para compensar o número de mortes e de um saldo migratório negativo.

A população residente em Portugal está agora estimada em 10.309.573 pessoas a 31 de dezembro de 2016, segundo a informação divulgada, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Feitas as contas, o país perdeu 31,7 mil pessoas de 2015 para o ano passado.

No ano passado, registaram-se 87.126 nados-vivos, um aumento face a 2015, e os residentes em Portugal tiveram, em média, 1,36 filhos, o que traduz uma recuperação face ao período de 2012 a 2015. Estes valores não chegaram para compensar o número de óbitos, que ascendeu a 110.535. O saldo natural fixou-se, assim, em -23.409, um agravamento face a 2015.

Por outro lado, a emigração está a diminuir e o número de imigrantes estabilização, mas o saldo migratório continua a ser negativo, ainda que esteja a atenuar-se. Em 2016, o saldo migratório foi de -8.348.

Já o envelhecimento da população está a acentuar-se, com a esperança média de vida a aumentar para 80,62 anos. A população com menos de 15 anos diminuiu para 1,4 milhões, enquanto a população com idade igual ou superior a 65 anos aumentou para 2,1 milhões. Há ainda 285.616 pessoas com 85 ou mais anos. A idade média em Portugal aumentou, assim, em três anos na última década, para os 43,9 anos.

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