Lisboa avança à boleia dos CTT e das retalhistas

A praça lisboeta fechou em alta, contrariando as perdas das ações europeias. Os CTT foram a estrela da sessão ao disparar 5%, mas os ganhos em torno de 2% das retalhistas também ajudaram.

A bolsa nacional terminou a última sessão da semana em alta, contrastando face às perdas registadas pelas ações europeias que acusam os receios dos investidores relativamente ao adiar da votação do programa de saúde da administração de Donald Trump. O PSI-20 acumulou a sexta sessão de subidas num total de sete sessões consecutivas, apoiado no disparo de mais de 5% das ações dos CTT, mas também no avanço das retalhistas.

O índice de referência da bolsa nacional terminou esta sexta-feira, com uma valorização de 0,44%, para os 4.688 pontos, com dez das suas cotadas a registarem ganhos, sete a conhecerem perdas e uma a ficar inalterada: as unidades de participação do Montepio Geral. Os CTT foram o principal destaque ao liderarem os ganhos do PSI-20, com um disparo de 5,24%, para os 5,12 euros. Este avanço foi o mais extenso no espaço de um ano e colocou as ações da empresa liderada por Francisco de Lacerda em máximos do final de janeiro, que recuperam assim de um período conturbado que se seguiu à revisão em baixa dos respetivos resultados.

Grande parte da responsabilidade pelo avanço do índice bolsista nacional recai sobre os títulos das retalhistas. As ações da Jerónimo Martins, um dos principais pesos pesados da bolsa nacional, encerraram a ganhar 1,77%, para os 15,77 euros, enquanto as da par Sonae somaram 1,83%, para os 89 cêntimos. Nota também para o avanço de 2,05%, para os 1,74 euros, registado pelos títulos da Mota-Engil. Este ganho acontece depois de ter sido divulgada nesta sexta-feira uma estimativa otimista dos analistas do CaixaBI para os resultados da construtora em 2016. Segundo as suas previsões do banco de investimento, a empresa portuguesa vai registar um aumento de mais de 60 milhões do lucro líquido.

Entre as energéticas, os desempenhos dividiram-se. Enquanto as cotadas do universo EDP ajudaram a puxar pelo índice nacional — subida de 0,27%, para os 2,92 euros, da EDP e de 0,24%, para os 6,20 euros, da EDP Renováveis –, a Galp Energia pressionou. As ações da petrolífera recuaram 1,04%, para os 13,38 euros, em contraciclo com as cotações do petróleo que avançavam nos mercados internacionais.

Nota negativa também para o BCP, cujos títulos recuaram 0,75%, para os 17,22 cêntimos a corrigir do disparo de quase 5% registado na sessão anterior, dia em que foi apoiado numa avaliação positiva por parte do CaixaBI que retomou a cobertura do título atribuindo-lhe um potencial de subida de 50%.

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