Dividendos põem Lloyds em máximos desde o Brexit

Banco britânico mais do que duplicou lucros e propôs subida do dividendo. Ações respondem com ganhos até máximos desde que o Reino Unido decidiu sair da União Europeia.

Dobro dos lucros e aumento dos dividendos. O Lloyds apresentou um bom resultado em 2016 e as ações do banco estão a subir para o nível mais elevado desde que os britânicos votaram a favor da saída do Reino Unido da União Europeia.

As ações do banco liderado por António Horta Osório sobem mais de 4% para 69,76 pence, a cotação mais alta desde o dia 23 de junho do ano passado.

O Lloyds mais do que duplicou o lucro antes de impostos (158%) para os 4,2 mil milhões de libras (quatro mil milhões de euros) em 2016, face aos 1,6 mil milhões de libras de lucro registados um ano antes. Um desempenho que permitiu à gestão propor um aumento da remuneração aos acionistas: vai subir o dividendo em 13% para um total de 3,05 pence por ação — estão previstos um dividendo 2,55 pence e um dividendo extraordinário de 0,5 pence.

Lloyds em máximos desde o Brexit

“Apresentamos um desempenho financeiro forte em 2016, mantendo bons progressos nas nossas prioridades estratégicas. A forte geração de capital permitiu-nos aumentar o nosso dividendo em 13%, pagar um dividendo especial e cobrir totalmente o impacto da aquisição da MBNA”, referiu António Horta Osório.

"Apresentamos um desempenho financeiro forte em 2016, mantendo bons progressos nas nossas prioridades estratégicas. A forte geração de capital permitiu-nos aumentar o nosso dividendo em 13%, pagar um dividendo especial e cobrir totalmente o impacto da aquisição da MBNA.”

António Horta Osório

CEO do Lloyds Banking

Um dos maiores pontos de atenção da parte dos investidores passava pelos números que o Lloyds iria apresentar em relação à margem financeira — a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — num ambiente em que os juros no Reino Unido estão em mínimos históricos.

O banco revelou que a margem financeira deverá subir 2,7% este ano, sem contar com o negócio de cartões de crédito MBNA adquirido em 2016 ao Bank of America.

“Os investidores estavam preocupados com as margens. Por isso, reforçar o compromisso foi positivo tendo em conta este ambiente de queda dos juros”, referiu Eric Moore, da Miton Group, à Bloomberg. “Os dados saíram melhor que os investidores esperavam”, acrescentou.

Isto acontece numa altura em que o Governo britânico continua a reduzir progressivamente a sua posição no banco intervencionado em 2008. Chegou a assumir uma participação de 43%, mas hoje em dia a sua presença fixa-se nos 4,99%, tendo o Lloyds como principal acionista o fundo BlackRock.

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