Marques Mendes: SIRESP é sinal de “falta de competência”

PSD foi um dos pontos-chave do habitual comentário de domingo de Marques Mendes, na Sic.

Afinal o Governo não conseguiu maioria no SIRESP, e Marques Mendes diz que isso é “um padrão” deste Governo. “Quando falha, não há nenhuma explicação”, exemplifica, acrescentando que, quando o Executivo vier dar explicações, a culpa vai ser de outro responsável qualquer.

“Quando alguém vier dar explicações, a culpa vai ser de alguém. É um exemplo de falta de competência. Aqui, o Governo e o primeiro-ministro em particular, perderam”, disse o comentador, no seu habitual comentário de domingo, na Sic, sublinhando a “sorte que António Costa tem. “Este é mais um problema a acrescentar à Saúde, a Tancos, à Educação. O problema é a sorte grande que ele tem de ter uma oposição muito frouxa, não agarra os temas. Se António Costa tivesse uma oposição a sério, mais firme e assertiva, outro galo cantaria”. Por isso é que Rui Rio deveria aproveitar este tempo para repensar a oposição”, sublinhou.

Em comentário à entrevista dada por Pedro Duarte ao Expresso, que dá conta da disponibilidade do social-democrata para desafiar Rui Rio em eleições internas rumo à liderança do partido,

“Esta entrevista pode ter uma outra vantagem: Rui Rio vai assobiar para o lado e não vai responder a Pedro Duarte. Mas os mandatos devem ser levados até ao fim. Não seria mau que aproveitasse para fazer duas coisas: cuidar da unidade do partido, porque nenhum partido ganha eleições dividido, e para pensar uma nova forma de fazer oposição”, disse Marques Mendes, sublinhando a necessidade de Rio passar a ter um papel “agregador”.

Sobre a saída de Santana Lopes do partido — o ex-primeiro ministro escreveu até uma carta de despedida, publicada este sábado no Observador –, Marques Mendes diz que “ninguém vai ganhar nada” com a saída do histórico social-democrata do partido para constituir um novo. “Porque é que Santana Lopes quer fazer um novo partido? Acho que ele quer fazer parte de uma solução de poder, no futuro. Uma coligação, não a dois mas a três. E a grande oportunidade, as eleições europeias”, referiu.

Outro dos temas que integrou o comentário de Marques Mendes foi o caso Robles que, durante a semana passada, marcou a atualidade mediática. Sobre ele, o comentador sublinhou que ninguém no partido sai a ganhar. “Ricardo Robles sai muito a perder. É um jovem com muitas qualidades políticas. Com este episódio acho que a sua carreira política saiu muito prejudicada. Mais do que o caso Robles, foi sobretudo o comportamento que o BE teve por causa de Robles. Catarina Martins andou aos bonés, a dizer uma coisa e depois o seu contrário. A grande vantagem do BE era mostrar-se um partido diferente. E deixou de o ser. O Bloco aparecia como um partido diferente, exagerando até nos falsos moralismos. Agora caiu-lhe tudo em cima”, analisou, acrescentando que Catarina Martins “sai fragilizada” do processo.

Mas nem tudo são perdas. “Quem tira vantagem, é o PCP e, também, – sai-lhe a sorte grande – é o Partido Socialista. Como o Bloco perdeu este traço distintivo, de que era diferente dos outros, esta crise foi muito má para o Bloco. A mensagem passa a ter menos força e menos credibilidade do que antes”, concluiu.

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