Um Hyundai arrojado… de uma ponta à outra. É o Kauai

Num campeonato cada vez mais concorrido, há um novo jogador. Vem da Coreia do Sul com um nome que, no início, não tinha tradução fácil para português. Mudou, mas continua difícil de pronunciar.

Poucos modelos da marca coreana geraram tanto buzz como este. É que, como muitos modelos na história da indústria automóvel, o nome inicialmente escolhido não tinha tradução fácil para português. Assim, do Kona, nasceu o Kauai, um SUV compacto cuja designação continua difícil de pronunciar, mas que dificilmente passa despercebido na estrada. É uma proposta arrojada, ao gosto de um público mais jovem.

Com as cavas de rodas proeminentes, bem como com as saias laterais vincadas, o Kauai mostra dotes de um fora de estrada. É terreno que dificilmente conquistará, mas é um estilo que tem atraído cada vez mais condutores. E no caso do Kauai, esse “look” é reforçado pelo jogo de luzes que a marca desenhou na dianteira. As luzes diurnas bem no limite do capot tornam o pequeno SUV… maior. E os faróis? Mais abaixo, ladeando a nova grelha da marca.

Se o conjunto funciona perfeitamente na dianteira, na traseira os faróis esguios assentam que nem uma luva, mas depois há uma miscelânea de cores (das luzes de mudança de direção, da marcha-atrás e de nevoeiro) embutida no para-choques que, infelizmente, estraga um pouco a pintura. Não será, certamente, consensual. Mas também dependerá muito da cor que se escolhe. Algumas funcionam melhor que outras.

Não basta mudar os símbolos

A irreverência do exterior dá lugar a um interior mais consensual, em que a única recordação da estética jovial vem sob a forma de detalhes à cor da carroçaria (ou outra que se queira) nos contornos do sistema de ventilação, caixa de velocidades, bancos e volante – e até os cintos de segurança. Reina, ao invés, um conjunto de linhas simples, com uma construção assente em plásticos que, alguns deles, poderiam ser de toque mais agradável.

No centro do tablier é impossível não reparar no ecrã de 5 ou 8 polegadas. Segue a moda de muitas outras marcas ao parecer flutuar – pena a parafernália de botões que o rodeiam –, ao nível dos olhos de quem vai ao volante. Integra o sistema de navegação, mas também pode mostrar o que se passa no smartphone já que conta tanto com o Apple Carplay como o Android Auto. A conexão é simples… com o carro parado. A andar, não dá. E para emparelhar terá de se lembrar do nome original deste Hyundai…

Vrum, vrum… e mais vrum

Com o SUV na estrada, o que salta à vista, ou melhor, ao ouvido, é o vruummm do motor. A moda dos diesel está a dar lugar à dos motores a gasolina de baixa cilindrada, mas com potências elevadas – os diesel e o elétrico vêm mais tarde. A marca sul-coreana propõe um 1.0 a gasolina com 120 cv que se mostra vivaço em cidade. Responde bem, embora seja demasiado audível no interior, especialmente no para-arranca.

Fora da cidade, lembramo-nos que apesar de tanta potência para um motor tão pequeno, não deixa de ser um motor… pequeno. O binário obriga, muitas vezes, a recorrer à caixa de velocidades que apesar de bem escalonada, poderia ser um pouco mais suave. Pode não ser defeito, mas feitio. Requer habituação. Certo é que tanta troca de caixa acaba por pesar um pouco nos consumos (acima dos sete litros aos 100 km), coisa de que não se pode queixar na hora de o comprar. A marca pede pouco mais de 20 mil euros.

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