Wall Street interrompe onda de recordes e fecha no vermelho

A hipótese de a China abrandar compra de Obrigações do Tesouro norte-americanas e os rumores de que Donald Trump poderá estar a preparar uma saída do NAFTA arrefecem ânimos dos investidores.

Após dias consecutivos a bater novos máximos, Wall Street fechou a sessão desta quarta-feira no vermelho. O que travou a onda de ganhos que quase fizeram do arranque de 2018 um evento histórico? A hipótese de a China abrandar a compra de Obrigações do Tesouro norte-americanas e os rumores de que Donald Trump poderá estar a preparar uma saída do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).

Demasiadas más notícias para os investidores. O S&P500 fechou a cair 0,11% parta os 2.748,23 pontos, o industrial Dow Jones teve sorte igual com uma quebra de 0,07% para os 25.369,13 pontos e o tecnológico Nasdaq foi o índice teve a quebra mais acentuada 0,14% para os 7.153,57 pontos. Foram as ações das imobiliárias e das empresas de utilities (serviços) que registaram as quebras mais significativas, de acordo com a Bloomberg.

A Bloomberg avançou esta quarta-feira que os responsáveis do Governo chinês, ao rever a carteira de ativos estrangeiros, recomendaram um abrandamento ou até mesmo um travão na compra de Obrigações do Tesouro norte-americanas, citando fontes conhecedoras do processo. A notícia surgiu num momento em que o mercado de dívida já estava em quebra, tendo em conta os sinais de que os bancos centrais estão a começar a recuar nos seus programas de estímulos, nomeadamente, na compra de obrigações. A notícia deu calafrios aos investidores tendo em conta que a China é o maior detetor de dívida norte-americana em todo o mundo.

As yields da dívida a dez anos aumentaram pelo quinto dia consecutivo, atingindo o valor mais elevado desde março de 2017. Mas “à medida que o dia foi passando, as yields da dívida começaram a descer com os investidores a perceber que a história não tinha pernas para andar”, disse Robert Pavlik, chefe da estratégia de investimentos da SlateStone Wealth em Nova Iorque. “É impossível que os chineses deixem de comprar dívida norte-americana”, acrescentou, citado pela Reuters.

Mas a Reuters também foi responsável por outra notícia que deixou os investidores de pé atrás. Tendo por base dois responsáveis canadianos, a cobro do anonimato, a agência avançou que o Canadá está cada vez mais convencido de que o Presidente Donald Trump irá anunciar em breve que os EUA pretendem sair do NAFTA.

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