Grã-Bretanha com falta de espiões? A culpa é do Facebook e da Google

Governo britânico queixa-se da dificuldade em contratar espiões por não conseguir competir com os elevados salários oferecidos pelas empresas tecnológicas como a Apple ou a Google.

O Governo britânico está a ter dificuldades em recrutar novos espiões, e tudo porque estes profissionais preferem trabalhar em grandes empresas na área das tecnologias, como a Apple, a Google e o Facebook, avança a revista Quartz (conteúdo em inglês). De acordo com um relatório do Comité de Inteligência e Segurança, estas gigantes tecnológicas oferecem ordenados “quatro ou cinco vezes superiores” aos oferecidos pelas empresas de vigilância. A taxa de recrutamento em 2016 ficou-se pelos 22%, um valor bastante inferior ao pretendido pelas companhias britânicas.

O GCHQ (Government Communications Headquarters), uma das três principais agências de inteligência e segurança do Reino Unido, teve uma taxa de contratação de 22% no ano passado, um valor bastante abaixo do pretendido. Para os próximos quatro anos, a empresa pretende aumentar em 14% o número de funcionários, para um total de 6.639 pessoas. “A expansão contínua do trabalho relacionado com a espionagem informática depende da capacidade do Governo em recrutar e manter ciber especialistas. O GCHQ informou-nos que mantém um esforço constante para competir com grandes empresas tecnológicas que oferecem salários com valores significativamente mais elevados“, pode ler-se no relatório.

O aumento dos ataques por parte de hackers estrangeiros é outro aspeto referido no relatório. Este ano houve vários ataques contra deputados para tentarem adivinhar as senhas dos emails. O facto de as empresas tecnológicas contratarem espiões não é novo, embora os motivos para essas contratações variem de empresa para empresa. Recentemente, uma carta revelou que a Uber terá contratado ex-agentes da CIA para descobrir segredos dos seus concorrentes e espiar as suas conversas privadas no WhatsApp.

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