Endividamento da economia baixa pela primeira vez este ano

Depois do valor recorde atingido em junho, o endividamento da economia portuguesa baixou em julho pela primeira vez desde o início do ano. Fixou-se nos 725,4 mil milhões de euros.

Ao sétimo mês, a primeira descida do ano. O endividamento da economia portuguesa baixou em julho pela primeira vez em 2017, fixando-se nos 725,4 mil milhões de euros, depois de ter registado um valor recorde no mês anterior.

Este endividamento corresponde ao das administrações públicas, empresas e famílias, excluindo-se os bancos. Desde janeiro deste ano que o valor do endividamento do setor financeiro, em termos nominais, tem crescido todos os meses. Julho foi a exceção, tendo caído 613 milhões face de junho, revelam os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira.

Endividamento da economia desce em julho

Fonte: Banco de Portugal

Em concreto, “em julho de 2017, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 725,4 mil milhões de euros, dos quais 316,8 mil milhões respeitavam ao setor público e 408,6 mil milhões ao setor privado”. “Relativamente a junho de 2017, o endividamento do setor público diminuiu mil milhões de euros. O endividamento do setor privado registou um incremento de 0,4 mil milhões de euros”, explica ainda o banco central liderado por Carlos Costa.

De acordo com o Banco de Portugal, a descida do endividamento das administrações públicas “deveu-se sobretudo à diminuição do financiamento obtido junto do setor não residente e das próprias administrações públicas”.

Em relação ao setor privado, o aumento da dívida “refletiu o acréscimo do endividamento externo das empresas privadas”. Este aumento só não foi maior porque o endividamento destas empresas e das famílias junto dos bancos portugueses baixou, sinaliza a instituição.

Em junho, o valor do endividamento da economia correspondia já a quase quatro vezes o Produto Interno Bruto de Portugal, sendo a elevada alavancagem das famílias e empresas um dos principais pontos sublinhados pelas agências de rating e outras instituições como entrave ao desenvolvimento da economia nacional.

(Notícia atualizada às 12h02)

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