Bava utilizou RERT para regularizar 11,5 milhões de euros

  • ECO
  • 25 Agosto 2017

Já era público que Zeinal Bava, ex-gestor da PT, tinha aderido ao perdão fiscal. É agora conhecido o valor dos montantes que regularizou: 11,5 milhões de euros.

Eram mais de 11,5 milhões de euros que Zeinal Bava tinha no exterior, sem declarar ao Fisco português, no final de 2010. O valor consta da declaração de adesão ao RERT do ex-gestor da PT, segundo o Jornal de Negócios [acesso pago] desta sexta-feira. Além disso, o jornal revela que o contrato de Bava com a ES Enterprise estipulava que só receberia o dinheiro para, alegadamente, comprar ações da PT, enquanto se mantivesse como gestor da operadora.

O ex-presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava aderiu ao perdão fiscal do Regime Excecional de Regularização Tributária que vigorou em 2012 (RERTIII), o mesmo que Ricardo Salgado usou para fazer regressar a Portugal parte dos 14 milhões que recebeu do construtor José Guilherme. A informação foi revelada pelo Banco de Portugal, depois do juiz Carlos Alexandre ter determinado a quebra do sigilo.

A investigação pretende aferir se Bava aderiu ao perdão fiscal para trazer para Portugal o dinheiro que teria recebido através das contas na Suíça e em Singapura. Zeinal terá recebido 18,5 milhões de euros em 2011, a que se juntam mais 6,7 milhões de euros em 2007, segundo explicava o Jornal de Negócios em maio.

A suspeita é que o dinheiro que ficou regularizado com o perdão fiscal seja o mesmo que teve origem na ES Enterprise, a empresa que alegadamente foi o ‘saco-azul’ do BES e de Ricardo Salgado. O contrato entre a empresa e Zeinal Bava — que estipula que o gestor deve continuar na PT para usar o financiamento — data de dezembro de 2010.

Segundo o jornal, Hélder Bataglia e Rui Horta e Costa também usaram o RERT. Diogo Gaspar Ferreira e Henrique Granadeiro não usaram.

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