5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Por cá, o foco está virado para os resultados da Nos. Mas também para a evolução das aplicações dos produtos de poupança do Estado. Lá fora, destaque para a reunião de política monetária do BCE.

Resultados empresariais, uma reunião de política monetária e dados económicos. Os investidores têm a agenda desta quinta-feira bastante preenchida. Por cá, vão estar atentos aos resultados da Nos, que apresenta as contas após o fecho do mercado. Mas também à evolução das aplicações dos produtos de poupança do Estado. No entanto, o grande destaque vai para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu: apesar de não estarem previstas alterações, os investidores vão procurar pistas sobre o rumo dos juros. No calendário económico, destaque para a confiança dos consumidores na Zona Euro.

Resultados da Nos não devem trazer novidades

Com a época de resultados a ganhar velocidade, esta quinta-feira é a vez de a Nos apresentar os resultados referentes ao segundo trimestre do ano. Os analistas do CaixaBI estimam que “os resultados não vão trazer nenhuma novidade em relação aos trimestres anteriores, com a Nos a manter uma sólida performance a nível operacional num ambiente de forte concorrência”. Os analistas projetam um aumento dos custos operacionais, nomeadamente a nível dos conteúdos desportivos. Segundo o CaixaBI, as receitas devem situar-se nos 381,2 milhões, ao passo que o resultado líquido poderá ficar perto dos 32,1 milhões de euros.

Lá fora… olhos virados para a Microsoft

Os resultados estão a chamar a atenção dos investidores, tanto no mercado nacional como internacional. Do outro lado do Atlântico, o foco está virado para as contas da Microsoft referentes ao quatro trimestre fiscal. Segundo analistas consultados pela Bloomberg, as receitas devem crescer 7% para 24,3 mil milhões de dólares, animadas pelos produtos ligados à cloud. Mas o foco estará virado para as previsões para os custos operacionais para 2018. Os investidores devem procurar saber mais sobre este assunto devido a recentes rumores sobre uma reestruturação da unidade de vendas.

BCE em reunião. Não há alterações à vista

Os responsáveis do Banco Central Europeu (BCE) voltam a reunir-se para discutirem o rumo da política. Apesar de os investidores não preverem alterações esta quinta-feira nem até 2019, vão continuar à procura de pistas. Na última reunião, os membros consideraram retirar o sinal de “aumentar ao programa de compra de dívida se necessário”. Foi só uma discussão sobre deixar de sinalizar um aumento, mas os investidores começam a ver o fim do programa. E esperam que esta posição seja reforçada quando Mario Draghi falar numa conferência de imprensa após a reunião, apesar de dever continua a insistir na ideia de que é preciso manter paciência e persistência para que as suas políticas tenham os efeitos desejados.

Como está a confiança na Zona Euro?

A confiança dos consumidores na Zona Euro deve manter-se perto de máximos de vários anos em julho. Uma leitura semelhante à do mês anterior. Segundo a Bloomberg, as famílias estão a beneficiar da melhoria das condições no mercado laboral — um efeito positivo que parece estar a compensar a inflação relativamente mais elevada na região desde o início do ano. Isto deve continuar a apoiar o consumo das famílias. Nos EUA, os investidores vão ficar a conhecer os números para os pedidos de subsídio de desemprego — um barómetro da robustez da economia.

Certificados

O boletim estatístico do Banco de Portugal deverá confirmar a tendência crescente dos valores aplicados em produtos de poupança do Estado, em junho, com os certificados do Tesouro a ditarem essa evolução. Tudo graças à remuneração atrativa que estes produtos oferecem quando comparados com os da concorrência, sobretudo dos tradicionais depósitos a prazo dos bancos. Em sentido contrário devem seguir as aplicações em certificados de aforro que, em março, perderam a liderança nas aplicações em produtos de poupança do Estado para os certificados do Tesouro.

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