Pharol vai apoiar um aumento de capital na Oi

Operadora brasileira inicia segunda-feira um programa para chegar a acordo com os credores, perante um processo de recuperação judicial que poderá inclui um aumento de capital de dois mil milhões.

A Pharol, um dos principais acionistas da Oi, vai apoiar um eventual aumento de capital na operadora brasileira, mas ainda não decidiu se vai participar na operação, adiantou o presidente da empresa portuguesa, Luís Palha da Silva, a um jornal brasileiro. “Não nos opomos a nenhum aumento de capital. A hipótese de diluição não nos assusta“, afirmou o gestor português.

As declarações de Palha da Silva surge num momento particularmente importante para o futuro da Oi. Arranca na segunda-feira um programa para acordo com os credores da companhia de telecomunicações brasileira, que se encontra em processo de recuperação judicial.

É no âmbito deste plano de recuperação que a Oi estuda a hipótese de um aumento de capital até oito mil milhões de reais (até dois mil milhões de euros). O tema foi inclusivamente discutido esta quarta-feira na reunião do conselho, mas não há nada decidido sobre o assunto, adiantaram fontes da empresa ao Estadão.

Palha da Silva considerou que ainda é prematuro falar em aderir à capitalização. “Queremos avaliar todas as condições. Não temos como definir isso sem saber minimamente quais são as condições”, disse em declarações àquele jornal.

A Pharol é o maior acionista individual da Oi, com participação de 22,24% através da subsidiária Bratel. Outro acionista relevante da telecom brasileira é o empresário Nelson Tanure, por meio do fundo Société Mondiale – dono de 6,32% do capital social, que já revelou que pretende manter a sua posição na empresa.

As ações da Pharol recuam 0,33% para 0,30 euros.

Acordo com credores arranca na segunda

Também esta sexta-feira a Oi anunciou que inicia no dia 26 de junho um programa para chegar a acordo com os credores da empresa, segundo um comunicado publicado no mercado de capitais brasileiro.

Este “programa beneficiará os credores da Oi na medida em que possibilitará a antecipação de parte do valor objeto do programa”, defende a operadora. Como funcionará este plano?

No comunicado, a operadora afirma que os para os credores com dívida inferior ou igual a 50 mil reais (cerca de 13,37 mil euros), o programa prevê a antecipação de 90% do valor, “mediante a aceitação do acordo pelo credor Oi no prazo e nas condições previstos no programa de acordo com credores”. “Os 10% do crédito remanescente serão recebidos após a homologação do Plano de Recuperação Judicial”, adianta a Oi.

Em relação aos credores cujo crédito for superior a 50 mil reais, também terão o direito de participar do programa de acordo com credores, recebendo uma antecipação de 50 mil reais, se aceitarem as mesmas condições.

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