Efacec pode dispensar até 409 trabalhadores

  • ECO
  • 4 Maio 2017

o grupo controlado por Isabel dos Santos voltou a pedir ao Governo o estatuto de empresa em reestruturação para que, caso necessite, possa dispensar 409 trabalhadores.

A Efacec poderá ainda não ter concluído o plano de reestruturação avançado no período compreendido entre 2014 e 2016. A empresa voltou a pedir ao Governo o estatuto de “empresas em reestruturação” com o objetivo de facilitar a dispensa de até 409 trabalhadores, praticamente um quarto do número de funcionários que emprega em Portugal. Este pedido acontece numa altura em que a empresa terá voltado a ter lucros, como adiantava em entrevista ao ECO, em março, o presidente da Efacec, Ângelo Ramalho.

Na altura, Ramalho adiantava que a empresa tinha passado de um prejuízo de 20 milhões de euros em 2015, para lucros em 2016, não tendo contudo avançado o valor por ainda não ter sido realizada a assembleia geral do grupo.

As empresas abrangidas são a Efacec Energia e a Efacec Engenharia e Sistemas, escreve na edição desta manhã o Jornal de Negócios (acesso pago). Terá sido o próprio ministério da Economia, que em resposta a uma pergunta do grupo parlamentar do PCP, confirmou o pedido por parte da empresa de Isabel dos Santos.

O pedido que tem data de 9 de janeiro deste ano, acaba por ser uma extensão da concessão do estatuto de empresa em reestruturação de que a Efacec já beneficiou no período compreendido entre 2014 e 2016.

Segundo o comunicado do ministério da Economia, o plano de reestruturação da Efacec para o triénio 2017/2019 contempla “rescisões de contratos de trabalho, por mútuo acordo”. O plano engloba 291 contratos na Efacec Engenhara e Sistemas e 118 na Efacec Energia.

Contactada pelo Negócios a Efacec admitiu que “em dezembro de 2016, a Efacec submeteu às entidades competentes um requerimento de extensão da concessão do estatuto de empresa em reestruturação (atribuído para o triénio 2014-2016), que possibilita eventuais ajustes que permitam o reforço de competências da organização”. Para acrescentar: “o número de trabalhadores que a empresa tem atualmente é suficiente para responder ao atual desempenho da Efacec e suportar o crescimento orgânico do negócio que se prevê para os próximos tempos”.

Já o CEO do grupo, Ângelo Ramalho frisou que a Efacec “não pretende rescindir com 409 pessoas” mas sim utilizar o estatuto de “empresa em reestruturação” para “poder fazer rescisões até esse número limite, se e quando necessitar”. Ramalho diz mesmo que é “um guarda-chuva” legal. “A lei dá-me o benefício de poder fazer estas rescisões. Vamos utilizá-lo? O futuro o dirá”, referiu.

A propósito do plano de reestruturação da Efacec, Ramalho tinha já garantido ao ECO que “o processo é contínuo, não há propriamente um processo em que hoje se restrutura e amanhã não se passa nada”. Para logo a seguir frisar a propósito do número de colaboradores “que nem nessa matéria podemos falar de um processo fechado porque todos os dias entra e sai gente””.

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