Negócio dos correios já viu melhores dias. CTT lucra menos

Os CTT já tinham avisado. E a quebra no negócio dos correios confirma-se, levando a empresa a apresentar lucros, mas menores do que no ano anterior.

O aviso já tinha sido feito. E os receios confirmaram-se: as receitas dos CTT recuaram em 2016, fruto da desaceleração no negócio da entrega do correio no último trimestre. Uma quebra que fez com que a empresa terminasse o ano com lucros, mas menores do que no ano anterior. O resultado líquido ficou-se pelos 62,2 milhões, penalizado também pelos custos com o Banco CTT. Mas o dividendo mantém-se.

O aumento de preços dos serviços de correio em 2016 não permitiu compensar a queda do tráfego de correio endereçado que se situou nos -4,2%, muito influenciada por uma redução mais acentuada no quarto trimestre”, diz a empresa liderada por Francisco Lacerda em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“No correio de grandes clientes, a queda do correio registado provocou uma deterioração da receita média unitária deste segmento superior a 2%, agravando o efeito da redução de tráfego nos rendimentos”, salienta. As receitas recorrentes decresceram 4,4%, nota a empresa.

O “EBITDA recorrente situou-se nos 119,5 milhões de euros (-17%) e margem EBITDA atingiu os 17,2%. O EBITDA recorrente excluindo o Banco CTT foi de 139,6 milhões (-6,3%), contribuindo o Correio com 70%, os Serviços Financeiros com 27% e o Expresso e Encomendas com 3%“, salienta.

Neste sentido, os resultados líquidos dos CTT encolheram 13,7% no ano passado, face a 2015, para 62,2 milhões de euros. “Excluindo o impacto do Banco CTT, o lucro dos CTT aumentava 5,6% para 85,5 milhões de euros”, adiantaram os CTT. Ou seja, o banco está a pesar nas contas da empresa.

Apesar da quebra nos lucros, “o Conselho de Administração dos CTT irá propor à Assembleia Geral Anual, a realizar em 20 de abril de 2017, um dividendo de 0,48 euros por ação”, o mesmo valor que pagou no ano passado. “Esta distribuição está sujeita a deliberação favorável da Assembleia Geral e está programada para ser paga em 19 de maio de 2017”, referem os CTT.

(Notícia atualizada às 17h20 com mais informação)

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