Pharol dispara 7% para máximos de um ano

Ações da Pharol avançam mais de 40% em 2017, depois de anos em queda. Cotada nacional acompanha valorização acentuada da brasileira Oi enquanto prossegue plano de recuperação da operadora.

Pharol está em grande destaque na bolsa nacional em 2017. Acumula já uma valorização de 44% desde o início do ano, numa altura em que a Oi, onde a empresa portuguesa é maior acionista, prossegue o seu plano de reestruturação na sequência do pedido de proteção contra credores.

As ações da Pharol, cujo principal ativo é a participação na Oi, avançam esta quinta-feira 6,81% para 0,30 euros, aquela que é a cotação mais elevada desde dezembro de 2015. Em 2015, a Pharol perdeu 24% em bolsa e segue agora a acompanhar os ganhos da Oi na bolsa brasileira, que avançam 44% em 2017 para 3,24 reais. A operadora brasileira informou esta quarta-feira o mercado que a Samba desistiu de uma ação judicial depois de ter chegado a um acordo com outros acionistas da Africatel.

A Oi encontra-se sujeita a um plano de proteção de falência desde junho, o maior processo deste género alguma vez desencadeado no Brasil. A operadora brasileira tem procurado formas de evitar a falência, nomeadamente através de um plano de recuperação judicial, numa altura em que acumula várias dívidas avultadas que ultrapassam os 19 mil milhões de euros.

Pharol vê a luz este ano

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Fonte: Bloomberg (valores em euros)

A gestão da Oi tem em cima da mesa uma proposta da Elliot Management, do multimilionário Paul Singer, que envolve uma injeção de capital no valor de nove mil milhões de reais (2,9 mil milhões de dólares) que daria uma participação maioritária àquele fundo norte-americano na operadora brasileira, segundo a Reuters. Este negócio tem a oposição da Pharol, que revelou à agência que apenas aceitará um plano de reorganização alternativo se tiver o aval da administração da Oi.

Entretanto, a Orascom, detida pelo multimilionário Naguiv Sawiris, decidiu estender o prazo de validade das sugestões para um plano alternativo de recuperação judicial da operadora brasileira Oi. Numa nota enviada aos mercados, e replicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pela participada portuguesa Pharol, a empresa informou que as sugestões da Orascom já só expiram a 28 de fevereiro deste ano.

A proposta da Orascom é suportada pelo Grupo Sawiris, do qual é proprietário o multimilionário egípcio Naguiv Sawiris que, em conjunto com o banco Moelis & Co, apresentou uma proposta que, a avançar, deverá canalizar mais de 10 mil milhões de euros para a Oi ao longo de cinco anos. Na altura, a Oi garantiu que iria analisar a proposta “com cuidado”.

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