Lisboa despede-se de um ano negro com ganhos

  • Leonor Rodrigues
  • 30 Dezembro 2016

Apesar das perdas do setor energético, a bolsa fechou a última sessão do ano a valorizar. Disparou em dezembro, mas teve um dos piores registos mundiais em 2016.

Os investidores despediram-se de 2016 com ganhos em Lisboa. O índice de referência português terminou a última sessão com uma valorização ligeira que acentuou o bom desempenho em dezembro. Ainda assim, o “rally” do Pai Natal não evitou um ano negro na praça portuguesa.

Lisboa seguiu a tendência europeia na última sessão deste ano. O PSI-20 terminou o dia a valorizar 0,23% para os 4.679,20 pontos. A puxar pelo índice português esteve a EDP Renováveis, que subiu 1,55% com as ações a valerem 6,04 euros, e a Jerónimo Martins, que valorizou 1,38%. Também a registar ganhos esteve o banco de Nuno Amado: o BCP valorizou hoje 2% para os 1,07 euros por ação.

Retirando a EDP Renováveis da equação, o setor energético foi o que mais perdeu. A EDP desvalorizou 1,06% e a Galp Energia perdeu 0,11%, quedas que não foram suficientes para arrastar o PSI-20 para o vermelho numa sessão em que poucos investidores participaram.

Dezembro foi bom mas o ano foi negro

A subida registada nesta última sessão permitiu ao PSI-20 fechar dezembro com uma valorização de mais de 5%, o maior ganho mensal desde julho. Mas os ganhos da praça portuguesa neste mês não foram suficientes para compensar as perdas do ano.

Em 2016, o PSI-20 desvalorizou quase 12%, quando no ano passado tinha ganho mais de 10%. Uma queda que fez com que o índice nacional apresentasse um dos piores registos anuais a nível mundial. Só cinco mercados internacionais caíram mais, entre eles a bolsa de Xangai.

A pressionar o índice português esteve o setor energético, com a EDP e a EDP Renováveis a caírem 12,86% e 16,74%, respetivamente. Já o BCP foi o que mais perdeu: só num ano, a instituição financeira afundou mais de 70%.

A desvalorização da bolsa portuguesa só não foi mais expressiva por causa dos ganhos da Galp Energia (32,37%) e da Jerónimo Martins (22,88%), isto num ano em que a Sonae Capital conseguiu o melhor registo entre as 18 cotadas do PSI-20. Subiu mais de 40%, tal como a outra estreante no índice de referência, a Corticeira Amorim.

(Notícia atualizada às 17h10 com mais informação)

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