Bank of America deixa cair negócio da Galp por causa de Isabel dos Santos

Banco de investimento norte-americano, o Bank of America, citou riscos de reputação para desistir de negócio que envolvia empresa da empresária angolana.

O Bank of America desistiu de desempenhar um papel de consultor da Amorim Energia, onde a empresária angolana Isabel dos Santos detém uma participação, na venda da posição na Galp, depois de o comité interno do banco ter cancelado a assinatura do contrato, adiantaram várias fontes à Bloomberg.

Detida em 55% por Américo Amorim e em 45% pela angolana Esperanza – controlada pela Sonangol e que integra no capital Isabel dos Santos-, a Amorim Energia vendeu no dia 15 deste mês uma posição de 5% na petrolífera numa oferta particular que permitiu arrecadar 485 milhões. Segundo o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a operação teve como coordenador único (Sole Bookrunner) o francês Société Générale.

De acordo com a agência, o Bank of America iria fazer parte desta operação mas não conseguiu obter a aprovação interna a tempo, numa altura em que o banco se debate com várias questões, incluindo os riscos de reputação.

Nem os responsáveis do banco norte-americano nem o porta-voz da empresária angolana estiveram disponíveis para comentar a notícia.

Cientes dos riscos reputacionais que podem enfrentar, vários bancos de investimento internacionais estão cada vez mais sensíveis ao escrutínio público e mediático das operações em que se envolvem, depois de vários casos onde companhias foram acusadas de comportamentos inapropriados com os seus clientes.

Foi o caso do Goldman Sachs, que já foi acusado de explorar as ligações com funcionários da Autoridade de Investimento da Líbia, e do Private Swiss Bank, que fechou as suas operações na Singapura em maio devido às suas ligações a uma problemática empresa estatal de investimento da Malásia.

 

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