Wall Street abre em baixa. Guerra comercial volta a pairar sobre os mercados

A China deverá fazer mais uma jogada relativamente às sanções que tenta impor aos produtos norte-americanos. Voltam, assim, os receios sobre a guerra comercial, fazendo Wall Street abrir no vermelho.

As bolsas norte-americanas iniciaram esta sessão em terreno negativo, pressionadas, mais uma vez, pela guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, isto depois de Pequim mostrar intenções de solicitar à Organização Mundial do Comércio (OMC), na próxima semana, permissão para impor sanções aos produtos norte-americanos, em resposta ao anúncio de Donald Trump.

O índice de referência S&P 500 abriu a cair 0,27%, para 2.869,48 pontos. Já o tecnológico Nasdaq iniciou a perder 0,34% para 7.897,59 pontos, enquanto o industrial Dow Jones continuou a desvalorizar, arrancando a cair 0,30% para 25.779,90 pontos.

Os receios de uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos continuam a pairar sobre os mercados. Recorde-se que, na passada sexta-feira, Donald Trump ameaçou Pequim com tarifas sobre bens chineses avaliados em 200 mil milhões de dólares, “muito em breve”, para além de mais taxas sobre mais 267 mil milhões de dólares.

Adicionalmente, de acordo com a Reuters (conteúdo em inglês), a pesar está ainda a intenção da China em pedir, na próxima sexta-feira, autorização à Organização Mundial do Comércio (OMC) para impor sanções aos Estados Unidos. O pedido está relacionado com o incumprimento, por parte da Casa Branca, de uma decisão sobre taxas anti-dumping norte-americanas, aplicadas em vário setores. Uma decisão que deverá demorar anos a ser disputada legalmente. A intenção deste pedido foi confirmada esta terça-feira pela OMC.

“O ponto de pressão hoje parece claramente ser mais sobre o comércio do que qualquer outra coisa. A China tem vindo a fazer um jogo tão longo e nada disso é bom para os mercados”, diz Art Hogan, estratego-chefe de mercado da B. Riley FBR, em Nova Iorque, citado pela Reuters. “O dia de hoje é semelhante ao dia que esperávamos ontem, mas a queixa à OMC vem agitar esse cenário, que reacendeu as nossas preocupações sobre o comércio em geral“.

As ações da Caterpillar e da Boeing — as mais afetadas pelo comércio –, caíram quase 1%. As ações dos fabricantes de chips, que dependem da China para a maior parte das receitas, também seguem em queda: a Intel cai 0,95%, a Micron desce 4,49% e a Nvidia recua 0,58%.

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