Crise na Turquia e queda das tecnológicas penalizam Wall Street

Os principais índices abriram no vermelho, influenciados pelas tensões comerciais entre a Turquia e os Estados Unidos sobre as tarifas.

A bolsa norte-americana arrancou esta sessão em terreno negativo, acompanhando a maré vermelha que se vive nas restantes praças europeias de todo o mundo. Numa altura de fortes tensões entre os Estados Unidos e a Turquia, os investidores mostram-se mais preocupados, num dia marcado também pela queda das tecnológicas.

O principal índice da bolsa norte-americana, o S&P 500, abriu a cair 0,57% para os 2.823,82 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq desceu 0,56% para 7.827,12 pontos à abertura. O industrial Dow Jones também ficou no vermelho, recuando 0,91% para 25.067,56 pontos.

A contribuir para este cenário de quedas, também presente nas praças europeias, estão os receios de uma crise na Turquia, somados à tensão comercial que o país vive com os Estados Unidos. Esta manhã, Ancara anunciou um aumento das tarifas — em produtos importados como automóveis, tabaco e álcool –, em resposta ao novo aumento imposto por Donald Trump na passada sexta-feira, sobre aço e alumínio.

No setor tecnológico, o panorama também não é positivo: a Tencent apresentou uma queda nos lucros pela primeira vez em dez anos: caíram 2% para 17,9 mil milhões de yuans (2,3 mil milhões de euros) no segundo trimestre, um valor abaixo das expectativas dos analistas — 19,3 mil milhões de yuans, de acordo com a CNBC (conteúdo em inglês).

À boleia foram ainda o Alibaba, cujos títulos desvalorizaram 3,37% para 166,70 dólares, e a Baidu, que cai 2,18% para 211,49 dólares.

Prejudicadas ficaram ainda as vendas no comércio a retalho dos Estados Unidos que, em julho, aumentaram mais do que o esperado. De acordo com os dados do Departamento do Comércio, estas subiram 0,5% face a junho, ficando bastante acima das expectativas dos analistas (0,1%). Em relação ao mesmo mês homólogo, as vendas a retalho subiram em julho 6,4%. As subidas envolveram quase todos os setores, com subidas de 0,2% nos automóveis e de 0,8% nas vendas ‘online’. O gasto dos consumidores é um indicador importante, dado que representa dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano.

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