Magnata norte-americano quer abrir casino na Coreia do Norte

Um dos maiores apoiantes de Donald Trump quer fazer da Coreia do Norte a localização do seu próximo empreendimento hoteleiro. Sheldon Adelson é um magnata com uma fortuna de mais de 40 mil milhões.

Com a abertura da Coreia do Norte ao mundo no horizonte, há quem já pense nos milhões que podem ser feitos no país de Kim Jong-un. O magnata norte-americano Sheldon Adelson, por exemplo, quer expandir o seu império de casinos a essa região asiática. Em Jerusalém para um evento de caridade, o milionário disse que espera que Donald Trump consiga terminar o conflito entre as duas Coreias, para que possa “abrir o seu negócio” na península.

Fundador e líder da gigante Las Vegas Sand Corporation, Adelson detém múltiplos espaços de jogo não só nos Estados Unidos, mas também em Macau e em Singapura, estando agora à procura de novos mercados para os quais expandir o negócio.

Durante o evento, o milionário — cuja fortuna está avaliada em mais de 40 mil milhões de dólares (cerca de 34 mil milhões de euros), segundo a Forbes — lembrou que tinha prestado serviço militar durante a Guerra da Coreia e deixou a nota de que quer regressar a esse território não como soldado, mas como homem de negócios, avança o Casino News.

A verdade é que o próprio Kim Jong-un já tinha revelado interesse pelo trabalho de Adelson. Durante a cimeira com o presidente norte-americano, o líder norte-coreano aproveitou para ir conhecer um dos casinos do magnata. Na noite antes do encontro com Donald Trump, Kim foi visitar o complexo hoteleiro que Sheldon Adelson detém em Singapura, o Marina Bay Sands, recorda o Washington Post.

Apesar das tensões mantidas entre a Coreia do Norte e o resto do mundo, o turismo é uma das maiores fontes de receitas para o regime de Kim Jong-un. Por isso, o líder que chegou a ser chamado de “little rocket man” por Trump mandou transformar a zona costeira junto a Pyongyang num empreendimento turístico, cujas obras deverão estar concluídas em abril do próximo ano. O plano de Jong-un é fazer dessa região um chamariz de turistas sul-coreanos e chineses.

Enquanto as perspetivas turísticas e comerciais da Coreia do Norte parecem estar bem encaminhadas, o seu processo de desnuclearização já viveu melhores dias. Este fim de semana, o secretário de Estado norte-americano foi mesmo acusado pelo regime de Kim de agir como um gangster nas negociações, adianta a Quartz. Mike Pompeo desvalorizou as críticas, admitiu que o processo está a ser desafiante e deixou uma mensagem a Jong-un: O Vietname viveu um “milagre” económico quando normalizou as relações com os EUA e a Coreia do Norte pode seguir-lhe o exemplo.

Desafiante ou não, Donald Trump conta, pelo menos, com a confiança de Sheldon Adelson. Afinal de contas, o magnata foi um dos principais patrocinadores da sua campanha eleitoral, já que entre estes milionários há um laço de amizade de longa data. Adelson acabou mesmo por fazer a maior doação de todas para a festa de inauguração da administração do empresário nova-iorquino: contribuiu com cinco milhões de dólares (pouco mais de 4,2 milhões de euros).

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