Draghi dá gás às bolsas. Lisboa não evita perdas

A bolsa nacional terminou o dia no vermelho por causa do mau desempenho das papeleiras. Fechou em contraciclo com os ganhos europeus, depois de BCE assegurar juros mínimos até ao verão... de 2019.

Foi dia de Banco Central Europeu (BCE) e Mario Draghi não desiludiu os investidores. Depois de o italiano assegurar que os juros na Zona Euro não vão subir até ao verão de 2019, as bolsas inverteram o rumo para fechar o dia em alta. Já a bolsa de Lisboa não conseguiu evitar as perdas.

O PSI-20, o principal índice português, encerrou a cair de 0,1% para 5.677,81 pontos, com nove cotadas no vermelho. Destaque para as ações das papeleiras Navigator e Altri, que recuaram 2,76% e 1,7%, respetivamente. Apesar das perdas na praça portuguesa, o dia acabou por ser positivo no cenário europeu. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, valorizou 1,4% e as bolsas de Frankfurt e Milão tiveram ganhos superiores a 1%.

“Os falcões [que têm uma postura mais conservadora em relação aos estímulos] apontavam para uma subida em junho do próximo ano antes da reunião, mas tendo em conta as novas orientações que o BCE deu hoje sobre as taxas de juro, os mercados teriam de fazer uma nova avaliação dos ativos”, disse Arne Petimezas, da AFS Group, citado pela Reuters.

“Não me parece que os falcões estejam neste momento por cima”, acrescentou.

Draghi revelou esta quinta-feira que os estímulos monetários vão terminar no final do ano. Mas antes do fim do programa, haverá uma redução do ritmo mensal de aquisições de 30 mil milhões para 15 mil milhões a partir de setembro. Sobre os juros, o presidente do BCE afirmou e reafirmou que não promoverá qualquer subida até ao verão de 2019, pelo menos, se o cenário para a inflação assim o exigir.

Voltando à praça portuguesa, entre os bons desempenhos destacaram-se a EDP e EDP Renováveis, com subidas de 0,18% e 2,26%, respetivamente. Em ambos os casos, as valorizações surgem depois das melhorias das avaliações atribuídas pelo BPI.

Para a EDP Renováveis, que viu aquele banco aumentar o preço alvo em 13% até aos 9,15 euros, as ações subiram para o valor mais elevado de sempre esta quinta-feira, encerrando nos 8,355 euros.

(Notícia atualizada às 17h03)

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