Quase metade dos administradores admitem práticas de suborno em Portugal

  • ECO e Lusa
  • 25 Abril 2018

Portugal está na posição 19.º entre os países inquiridos, mantendo a posição no ranking que tinha no ano anterior, quando tinha conseguidos melhorar 14 posições face a 2016.

Quase metade dos administradores portugueses admitem que as práticas de suborno e corrupção acontecem de forma abrangente em Portugal, segundo um relatório da consultora EY divulgado esta quarta-feira.

De acordo com o relatório ‘EY Global Fraud Survey 2018’ divulgado hoje, 46% dos inquiridos em Portugal afirmam que as práticas de suborno e de corrupção nos negócios acontecem de forma abrangente. Esta perceção é superior em Portugal do que na média dos 55 países que fazem parte do relatório da EY, onde 38% dos inquiridos responderam da mesma forma. Portugal fica, assim, na posição 19.º entre os países inquiridos. Portugal mantém a mesma posição no ranking que tinha no ano anterior, quando tinha conseguidos melhorar 14 posições face a 2016.

Entre os entrevistados a nível global, 78% acreditam que as suas empresas têm a intenção clara de penalizar a má conduta, mas apenas 57% consideram que houve algum tipo de penalização individual. “Em Portugal, essa convicção é ainda mais baixa, situando-se apenas nos 40%”, afirma a EY, em comunicado.

Pedro Subtil, responsável da EY pela investigação na área da fraude para Portugal e Angola, refere que, em Portugal, ao contrário de outros países, “não existe ainda uma entidade com poderes sancionatórios no combate à corrupção”, um poder que diz ser “crucial” para dar eficácia às recomendações, como as do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), ou para “transpor boas práticas”.

Os investigadores da EY conduziram um total de 2.550 entrevistas a administradores e líderes de empresas entre outubro e fevereiro em 55 países (em Portugal foram feitas 50 entrevistas). O objetivo era obter a opinião dos administradores (sobretudo executivos) com responsabilidade para combater a fraude, corrupção e suborno.

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