Portugal consegue taxa negativa recorde com dívida a curto prazo

Portugal voltou a registar taxas negativas para se financiar com dívida a curto prazo. Tanto no leilão a três meses como a 11 meses, o IGCP conseguiu os juros mais negativos de sempre.

Portugal voltou a registar taxas negativas para se financiar com dívida a curto prazo. Tanto no leilão a três meses como a 11 meses, o IGCP conseguiu os juros mais negativos de sempre. No total, foram levantados 1.100 milhões de euros, montante que ficou dentro do intervalo esperado.

Foram realizados esta manhã dois leilões de bilhetes do Tesouro a três meses e 11 meses. No primeiro caso, para arrecadar 300 milhões de euros, o IGCP obteve uma taxa de juro de -0,417% com títulos a vencer em maio, que compara com a taxa de 0,389% do anterior leilão comparável, com a procura a ficar 3,5 vezes acima da oferta. Já no leilão de bilhetes com maturidade em janeiro do próximo ano, a taxa ficou-se nos -0,393%, comparando com os -0,325% do anterior leilão, numa linha onde foram obtidos 800 milhões de euros.

Juros continuam a navegar por terrenos negativos

Fonte: IGCP

Com esta operação, o Tesouro amealhou mais 1.100 milhões de euros, um montante que ficou dentro do intervalo esperado: o IGCP previa emitir entre os 1.000 milhões e os 1.250 milhões de euros.

Para Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, “estamos a começar o ano a emitir a taxas negativas, à semelhança do que aconteceu em 2017, ano em que todas as emissões de bilhetes do Tesouro foram feitas a taxas negativas. São boas notícias para o custo médio da dívida portuguesa”.

"Estamos a começar o ano a emitir a taxas negativas, à semelhança do que aconteceu em 2017, ano em que todas as emissões de bilhetes do Tesouro foram feitas a taxas negativas. São boas notícias para o custo médio da dívida portuguesa.”

Filipe Silva

Diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa

Este bom resultado surge depois de o leilão de longo prazo da semana passada ter sido um pouco afetado com a recente volatilidade nos mercados e que levou Portugal a voltar a pagar mais de 2% por dívida a dez anos.

De acordo com o Orçamento do Estado para 2018, Portugal espera obter mais de 21 mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro. Para já, em duas operações de financiamento realizadas este ano, o montante obtido vai nos 2.850 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h01)

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