Crédito da casa baixa? Só se tiver taxa a 12 meses

A prestação da casa mantém-se nos empréstimos revistos em fevereiro que têm as Euribor a três e seis meses como indexantes. Só créditos com Euribor a 12 meses beneficiam de uma descida de encargos.

O nível historicamente baixo dos juros continua a jogar a favor dos portugueses com crédito à habitação. A maioria das famílias que revejam a prestação da sua casa no próximo mês não vão sofrer qualquer alteração dos encargos. É isso que vai acontecer a quem tem as Euribor a três e seis meses como referência nos empréstimos. Só os créditos associados à Euribor a 12 meses têm margem para aumentarem a poupança. As prestações vão descer para um novo mínimo histórico.

Assumindo o cenário de um crédito no valor de 100 mil euros, a 30 anos, e com um spread de 1%, quem tiver o crédito associado à Euribor a 12 meses, beneficia de mais um corte da prestação, com esta a recuar para um novo mínimo histórico. Neste caso, o valor dos encargos mensais baixam 1,3%, face à última revisão feita há um ano. A prestação desce 4,12 euros, para os 313,08 euros.

Euribor a três meses em torno de mínimos

Fonte: Reuters | Lusa

Já quem usa no seu empréstimo a Euribor a seis meses, ocorrerá uma quebra quase impercetível no valor da prestação. Partindo do mesmo cenário base, os encargos mensais reduzem-se nuns escassos quatro cêntimos, com a prestação a situar-se nos 309,21 euros, ao longo dos próximos seis meses. É uma descida de… 0,01%.

No caso dos créditos indexados à Euribor a três meses, não há qualquer mexida no valor da prestação. A prestação mantém-se nos 306,75 euros ao longo dos próximos três meses.

As famílias portuguesas continuam assim a beneficiar do nível historicamente baixo dos juros de referência. Desde março de 2016 que a taxa de juro diretora do Banco Central Europeu está fixada em 0%. E tudo indica que essa tendência se mantenha, com as famílias a poderem contar com dinheiro barato por um período de tempo prolongado, tal como Mario Draghi antecipa venha a acontecer.

Na última reunião de política monetária, o presidente do BCE disse ver poucas hipóteses de uma subida das taxas de juro ainda este ano, com o Conselho do BCE a dizer que espera que as taxas de juro diretoras “permaneçam nos níveis atuais durante um período alargado e muito para além do horizonte das compras líquidas de ativos”.

A expectativa do mercado acompanha esse sentimento, com os futuros para a Euribor a três meses a colocarem esse indexante em terreno positivo apenas em setembro de 2019. A partir daí o mercado antevê que este indexante assuma valores cada vez mais positivos, mas sempre abaixo dos 1% pelo menos até setembro de 2021.

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