Oi aprova ajustamentos no plano de recuperação após exigência do regulador

Plano de recuperação prevê aumento de capital de dois mil milhões de euros. Administração da operadora brasileira efetuou ajustamentos ao plano para responder às recomendações do regulador.

O Conselho de Administração da Oi, onde a portuguesa Pharol detém uma participação de 27%, aprovou esta quarta-feira um conjunto de ajustamentos no plano de recuperação da empresa, isto depois de a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ter sugerido alterações por causa de “riscos” que o anterior plano apresentava para a operadora brasileira.

O plano de recuperação judicial prevê o pagamento de uma comissão aos credores que participarem no processo de capitalização da Oi. Essa comissão vai ser liquidada no momento da capitalização e não antes desse aumento como estava previsto na versão anterior. Outra alteração ao plano: o pagamento desta comissão poderá ser feito em dinheiro ou em ações e não apenas em dinheiro, como previa a redação anterior.

Em cima da mesa está um aumento de capital até oito mil milhões de reais (cerca de dois mil milhões de euros), uma operação para a qual vão contribuir os detentores de dívida da Oi — entre 3,5 mil milhões de reais e cinco mil milhões de reais — e também os atuais acionistas — 2,5 mil milhões de reais. Ou seja, a Pharol será chamada a participar.

No âmbito deste aumento de capital está ainda prevista a emissão de títulos de crédito convertíveis em ações num montante até três mil milhões de reais.

Ainda assim, este processo de reforço de capital encontra-se condicionado à aprovação do plano de recuperação judicial no Brasil, Reino Unido e EUA, adianta a operadora brasileira. Adicionalmente, o aumento de capital só avançará se a Oi registar um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 5,75 mil milhões de reais (1,5 mil milhões de euros).

Nos primeiros nove meses do ano a Oi obteve um EBITDA de 4,9 mil milhões de reais.

As ações da Oi fecharam a sessão desta quarta-feira a valorizar 2,65%.

“Os ajustes aprovados contemplam algumas das adequações que vinham sendo defendidas pela Diretoria da Companhia para que o Plano atinja uma configuração que permita a evolução das negociações a partir de um novo patamar, em busca de consenso entre as partes envolvidas no processo de Recuperação Judicial das empresas Oi”, diz o Conselho de Administração no comunicado divulgado ao mercado e publicado esta quinta-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

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