CEO da Uber admite erros… outra vez

Na sequência do escândalo de hacking de dados da Uber, que a empresa escondeu durante um ano, o CEO assume os erros e aponta medidas.

Soube-se esta quarta-feira que, há cerca de um ano, a Uber sofreu um ataque informático que expôs os dados de 57 milhões de utilizadores de todo o mundo e motoristas dos EUA — nomes, email e números de telefone ao número das licenças, no caso dos motoristas. A empresa terá pago aos hackers para destruírem os dados. O atual CEO compromete-se a “aprender com os erros do passado” e diz já ter despedido dois dos indivíduos que lidaram com a situação na altura.

“Podem perguntar porque é que só estamos a falar disto um ano depois. Eu fiz exatamente a mesma questão”, diz Dara Khosrowshahi, o CEO da Uber, em comunicado. “Nada disto deveria ter acontecido e não iremos arranjar desculpas“, diz, consciente de que não pode apagar o passado. Contudo, acrescenta, “posso comprometer-me em nome da equipa a aprender com os nossos erros”.

A investigação que fez “imediatamente”, resultou em cinco medidas:

  • “Hoje, dois dos indivíduos que conduziram a resposta a este incidente já não estão com a empresa
  • “Estamos a notificar individualmente os motoristas cujos números das cartas de condução foram expostos”
  • “Estamos a dar a estes condutores monitorização de crédito gratuita e proteção contra roubo
  • “Estamos a notificar as autoridades reguladoras
  • Apesar de não termos detetado provas de fraude ou uso inapropriado relacionado com o incidente, estamos a monitorizar as contas afetadas e temo-las assinaladas para proteção adicional contra fraude”.

No mesmo comunicado, Dara explica que já “na altura do incidente, tomámos medidas imediatas para a segurança dos dados e bloquear futuros acessos pelos indivíduos”. Diz também que a Uber recebeu “garantias de que os dados teriam sido destruídos“. No total, estão em causa os dados de 600.000 motoristas nos EUA e 57 milhões de utilizadores de todo o globo. A Uber terá pago 100.000 euros aos hackers para que estes dados fossem destruídos.

Desde que foi nomeado CEO da Uber, em agosto, não é a primeira vez que Dara dá a cara por falhas antigas. Na sequência da perda de licença para operar na cidade de Londres, o CEO já tinha vindo pedir desculpas “pelos erros cometidos”.

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