Itália à beira de travar escalada da dívida
Itália está a viver uma convergência do seu crescimento económico, taxa de inflação e dívida e das yields da dívida.
Pela primeira vez, desde a crise financeira, Itália está a viver uma convergência do seu crescimento económico, taxa de inflação e dívida e das yields da dívida. O país que tem a segunda dívida pública mais elevada depois da Grécia poderá assistir a um crescimento do Produto Interno Bruto superior ao da dívida, o que se traduzirá numa redução do rácio da dívida.
Este é o objetivo que o Governo italiano há muito tem tentado atingir, como sublinha o ministro das Finanças Pier Carlo Padoan, num post na rede social Twitter. “Depois de estabilizarmos a dívida, agora temos de a colocar numa trajetória descendente, caso contrário o risco país permanecerá elevado”.
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Este desempenho é explicado por um crescimento económico há dez trimestre consecutivos e manteve o ritmo no último trimestre, um facto que Padoan também sublinha no Twitter. Além disso, o país está a registar uma aceleração da inflação — em agosto a estimativa é de que a taxa de inflação anual italiana seja de 1,4% — e uma redução nas yields da dívida, uma combinação que permite ao Executivo perspetivar uma redução do peso gigantesco da dívida.
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Estes comentários do ministro das Finanças surgem depois de da Confindustria, o principal confederação patronal italiana, ter avançado com a previsão e de que a dívida vai cair para 131,8% do PIB em 2018, face aos 132,6% em 2017. A dívida pública italiana atingiu um recorde de 2,3 biliões de euros em julho, um aumento de 18,6 mil milhões face a junho, segundo o relatório mensal de junho do Banco de Itália. O responsável que também já foi o economista-chefe da OCDE sublinhou que a economia italiana está a voltar ao normal.
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