Itália à beira de travar escalada da dívida

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

Itália está a viver uma convergência do seu crescimento económico, taxa de inflação e dívida e das yields da dívida.

Pela primeira vez, desde a crise financeira, Itália está a viver uma convergência do seu crescimento económico, taxa de inflação e dívida e das yields da dívida. O país que tem a segunda dívida pública mais elevada depois da Grécia poderá assistir a um crescimento do Produto Interno Bruto superior ao da dívida, o que se traduzirá numa redução do rácio da dívida.

Este é o objetivo que o Governo italiano há muito tem tentado atingir, como sublinha o ministro das Finanças Pier Carlo Padoan, num post na rede social Twitter. “Depois de estabilizarmos a dívida, agora temos de a colocar numa trajetória descendente, caso contrário o risco país permanecerá elevado”.

Este desempenho é explicado por um crescimento económico há dez trimestre consecutivos e manteve o ritmo no último trimestre, um facto que Padoan também sublinha no Twitter. Além disso, o país está a registar uma aceleração da inflação — em agosto a estimativa é de que a taxa de inflação anual italiana seja de 1,4% — e uma redução nas yields da dívida, uma combinação que permite ao Executivo perspetivar uma redução do peso gigantesco da dívida.

Estes comentários do ministro das Finanças surgem depois de da Confindustria, o principal confederação patronal italiana, ter avançado com a previsão e de que a dívida vai cair para 131,8% do PIB em 2018, face aos 132,6% em 2017. A dívida pública italiana atingiu um recorde de 2,3 biliões de euros em julho, um aumento de 18,6 mil milhões face a junho, segundo o relatório mensal de junho do Banco de Itália. O responsável que também já foi o economista-chefe da OCDE sublinhou que a economia italiana está a voltar ao normal.

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