Cancelamentos das viagens para Barcelona “são pontuais”

Esta quinta-feira, uma carrinha fez 14 vítimas na Praça da Catalunha, uma das zonas mais turísticas da cidade de Barcelona. Que consequências pode ter este ataque no turismo? A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) diz que os efeitos são “muito pontuais e rápidos” e os cancelamentos de viagens terão um volume pouco significativo.

Ainda não existe informação relativa ao número de cancelamentos de viagens para Barcelona desde a hora do atentado desta quinta-feira. Contudo, a APAVT não espera que o ataque se traduza num grande número de cancelamentos das viagens da parte dos turistas. Isto, baseando-se nos atentados dos dias 3 e 19 de junho em Londres, que registaram 8 vítimas também na sequência de atropelamentos.

"Estes ataques terroristas têm efeitos muito pontuais [nos pedidos de cancelamento de viagens]. Num primeiro impulso [as pessoas] querem cancelar, mas pouco tempo depois tudo regressa à normalidade.”

O atentado em Barcelona foi o terceiro atentado a uma capital europeia no espaço de cerca de um mês e meio. Este tipo de situações levam as pessoas a quererem cancelar as viagens para o destino “num primeiro impulso”, refere a APAVT. Porém, dada a quantidade de informação disponível quando os atentados ocorrem na Europa, os efeitos são “pontuais e rápidos” e regra geral, pouco tempo após as calamidades “tudo regressa à normalidade”, sem que os cancelamentos atinjam números significativos.

Segundo o Wall Street Journal (conteúdo em inglês/acesso condicionado) várias companhias aéreas estão a dar oportunidade aos clientes de remarcar as viagens que se dirigiam a Barcelona. O ECO contactou a TAP que confirmou que “A operação decorre normalmente”.

Este ataque terrorista acontece numa altura em que Espanha era um dos países que mais beneficiava com a crise de turismo que se verificou no Médio Oriente e Norte de África, avançam executivos das linhas aéreas ao jornal norte-americano.

No caso de destinos mais longínquos, como é o caso dos países do Médio Oriente, os efeitos dos atentados terroristas no turismo são bastante mais acentuados e prolongados, pois a informação é mais escassa e os turistas sentem-se menos “confortáveis” em viajar, acrescenta a agência portuguesa de agências de viagem.