Ofertas na emissão da CGD põem taxa entre 11% e 11,5%

A emissão de dívida da CGD já está a receber propostas. A Bloomberg revela que com base nas ofertas, a taxa de juro a pagar pelo banco estatal deverá ficar entre 11% e 11,5%.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está no mercado para obter 500 milhões de euros através de títulos de dívida subordinada. Já estão a ser recebidas propostas por estes títulos, sendo que os juros são elevados. A Bloomberg revela que a taxa de juro a pagar pelo banco estatal deverá superar os 11%.

Tendo em conta informação obtida junto da operação, que não pode ser identificada, a agência noticiosa revela que as ofertas que estão a chegar para os títulos de dívida subordinada do banco liderado por Paulo Macedo põe a taxa de juro anual entre os 11% e os 11,5%. Contudo, tendo em conta que o livro de ordens continua aberto, poderá haver ajustes à taxa final. A oferta pode ficar fechada hoje.

O banco pretende 500 milhões de euros nesta primeira tranche de dívida colocada junto de investidores privados — apenas institucionais — que faz parte do plano de recapitalização da CGD. Sem a obtenção destes fundos não há a injeção de 2.500 milhões por parte do Estado.

A CGD revelou que no roadshow realizado nas principais praças europeias sentiu “um forte interesse” dos 120 investidores institucionais com quem esteve reunido. Investidores estes que demonstraram “profundo conhecimento acerca da CGD e do setor financeiro português”. Mas isso não deverá impedir um custo elevado nesta operação.

A emissão da CGD está condicionada por vários fatores, uns externos e outros internos, adianta uma fonte de mercado. “Os investidores têm muito presente o que sucedeu aos obrigacionistas seniores do Novo Banco em dezembro de 2015 e o comunicado das últimas horas da Pimco e da BlackRock só piorou a situação. Depois desse comunicado revelaram que não vão participar na emissão.

Além disto, “os investidores têm dúvidas sobre a capacidade de cumprimento do plano estratégico perante um acionista que é o Estado”. O ECO também sabe que jogaram neste processo as preocupações em Portugal com a redução de custos da Caixa: a resistência nacional ao encerramento de balcões estará a ser mal recebida pelos investidores.

(Notícia atualizada às 9h53 com mais informação)

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