PS: Direita só sabe “azedar a política”

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2017

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, diz que vai aguardar para ver o "cabimento constitucional" da nova comissão de inquérito pedida pela direita, acusando-a de "cegueira partidária".

O líder parlamentar do PS acusou hoje PSD e CDS-PP de “cegueira partidária” e de não olharem em frente, aguardando para ver o “cabimento constitucional” da nova comissão de inquérito em torno da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

“O PSD e o CDS não sabem mais o que fazer para azedar a política e aborrecer os portugueses. Acusam o presidente da Assembleia da República, o PS e os partidos à esquerda de impedir os trabalhos de uma comissão parlamentar de inquérito e criam mais outra. No caso do presidente do Parlamento aceitar a constituição da comissão veremos que diligências serão propostas e qual o seu cabimento constitucional e legal”, vincou Carlos César.

O presidente do grupo parlamentar do PS falava à Lusa após ter sido conhecido o objeto da nova comissão de inquérito pedida por PSD e CDS-PP. Carlos César disse que não restam dúvidas de que PSD e CDS se “limitam a olhar para trás porque a cegueira partidária não lhes permite olhar em frente”.

PSD e CDS-PP haviam sublinhado antes que parte da função dos deputados passa por escrutinar o Governo e uma nova comissão de inquérito sobre a CGD e a anterior administração é, para ambos os partidos, “inevitável”. “Fazemos este trabalho de escrutínio e fiscalização da ação do Governo e, tal não é só um direito, como uma obrigação dos parlamentares, em particular dos partidos da oposição”, vincou o líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, em conferência de imprensa após conhecido o objeto da nova comissão de inquérito proposta por PSD e CDS-PP.

Depois, o líder da bancada centrista, Nuno Magalhães, definiu esta comissão de inquérito como “essencial e inevitável” para a “descoberta da verdade” em torno da contratação e respetiva gestão da anterior administração da Caixa, liderada por António Domingues, e das suas relações com o executivo. O objeto da nova comissão de inquérito hoje anunciada por PSD e CDS-PP será apreciar a contratação, gestão e saída do anterior presidente do banco, António Domingues.

De acordo com o requerimento hoje apresentado, são três as alíneas que os deputados querem ver esclarecidas, todas em torno da anterior administração da CGD, sem referência direta às comunicações entre António Domingues e o ministro das Finanças, Mário Centeno.

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