Oi pode vir a converter dívida em ações

A administração da operadora brasileira autorizou a diretoria a analisar a hipótese de converter parte da dívida em ações. Propostas externas ficam, para já, em segundo plano.

A operadora brasileira Oi não descarta a hipótese de converter parte da dívida em ações. A informação faz parte de um comunicado submetido aos mercados, onde a empresa, ao abrigo de um processo de recuperação judicial, explica que a decisão foi tomada em reunião do Conselho de Administração esta quarta-feira.

A ideia de converter dívida em equity foi proposta por credores e apresentada aos administradores pela LaPlace, a assessora financeira da empresa. Neste sentido, “o conselho [de administração] autorizou a diretoria da Oi a prosseguir com entendimentos junto dos credores, aprofundando alguns itens críticos”, lê-se no comunicado.

Desta forma, as duas principais propostas de injeção de capital na maior operadora de telecomunicações do Brasil ficam, para já, em segundo plano. Entre elas, a proposta da Orascom e a do fundo Elliott Management, ambos com planos alternativos para salvar a firma da falência. Ainda esta semana, a Orascom estendeu o prazo de validade da proposta até ao final de fevereiro.

No comunicado, a empresa afirma ainda que “as interações” com os credores estão a evoluir e que vai continuar a reunir “regularmente” com eles, bem como com os demais stakeholders e potenciais investidores. A empresa tem uma dívida avaliada em cerca de 19,3 mil milhões de euros.

Vento sopra a favor da Oi

Esta quarta-feira soube-se também que o procedimento arbitral interposto pela Samba Luxco contra a Africatel está prestes a chegar ao fim por acordo entre as empresas. O processo atingia também a Oi, que detém 75% da Africatel por intermédio da PT Participações, e também a portuguesa Pharol PHR 0,00% , ex-PT SGPS, dona de cerca de 27% da operadora brasileira.

O acordo previa, por um lado, a transferência para a Africatel de 11.000 ações desta última e, por outro, a passagem para a Samba de cerca de 34% de capital social da operadora namibiana Mobile Telecommunications, detidos pela Africatel. As transferências foram concluídas esta semana e a Samba deverá agora abrir mão do processo.

Desde o início do ano, o vento parece soprar a favor da Oi, que tem assistido a uma forte valorização do preço das ações em bolsa. Só a Pharol, que está a disparar cerca de 7% na bolsa de Lisboa esta quinta-feira, já valorizou mais de 40% desde o início do ano, acompanhando a tendência da operadora brasileira.

Gráfico: Cotação das ações da Pharol no PSI-20

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