REN compra gasoduto no Chile por 172 milhões

A REN adquiriu mais de 40% da Electrogas, que detém um gasoduto na zona central do Chile com 165 quilómetros, num negócio avaliado em 172 milhões de euros e que faz parte do seu plano estratégico.

A gestora de rede elétrica nacional REN assinou um contrato para a aquisição de 42,5% do capital da Electrogas à ENEL Generacións Chile, num negócio avaliado em 171,9 milhões de euros.

A Electrogas detém um gasoduto na zona central do Chile com 165,6 quilómetros de comprimento, tratando-se “de um gasoduto de grande relevância no país, que liga o terminal de regaseificação de Quintero a Santiago (a capital e o maior centro populacional chileno) e a Valparaíso (um dos portos mais importantes do Chile)”, segundo o comunicado da empresa Rodrigo Costa enviado esta manhã à CMVM.

O negócio enquadra-se no plano de internacionalização da gestora da rede elétrica e no seu plano estratégico aprovado para o triénio 2015-2018, procurando “cumprir um dos seus objetivos de médio e longo prazo ao adquirir uma participação relevante num ativo enquadrado num dos setores onde detém ampla experiência e num país com uma economia estável e competitiva”.

O contrato de compra, realizado através de uma sociedade do grupo REN, encontra-se ainda sujeito à verificação de um conjunto de condições suspensivas, “entre as quais o não exercício do direito de preferência pelos demais acionistas da Electrogas“, refere a REN no mesmo comunicado.

"A aquisição será concretizada através de uma sociedade do grupo REN e está sujeita, nos termos do contrato, à verificação de um conjunto de condições suspensivas, entre as quais o não exercício do direito de preferência pelos demais acionistas da Electrogas.”

REN

CMVM

As ações da REN fecharam esta sexta-feira nos 2,598 euros, acumulando uma perda de 6,6% desde o início do ano.

Haitong: REN sem dinheiro para criar escala lá fora

Para a Haitong, o negócio é percecionado como negativo. “Estamos céticos quanto à capacidade da REN para criar valor fora de Portugal, dado que não acreditamos que a REN goze de qualquer vantagem competitiva e não há recursos financeiros suficientes para construir escala significativa“, dizem os analistas da casa de investimento.

A Haitong diz ainda que o negócio representa “um investimento considerável” para a REN, “quase dois anos de pagamentos de dividendos“. “Mas acreditamos que a empresa deverá manter o seu grau de investimento tendo em conta que a gestão da REN sempre afirmou que os dividendos e o rating eram as principais preocupações da empresa”.

(Notícia atualizada às 8h08 com opinião da Haitong)

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